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Outro lado
Fundação tem "boa índole", afirma empresa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A KKW do Brasil fez a
doação de R$ 300 mil à
Fundação José Sarney
porque a entidade "tem
boa índole e atende zilhões de crianças", afirmou Renato Brito, da diretoria jurídica da empresa.
Brito atendeu a Folha
na calçada da casa usada,
segundo ele, para hospedar clientes da KKW em
São Paulo. Negou ligação
do ex-senador Gilberto
Miranda com a empresa.
Um dia depois, porém,
Miranda admitiu já ter sido dono da KKW. "Hoje,
ela pertence às filhas [Juliana e Marcela Scarpa] do
senador Gilberto Miranda. Não tenho nenhuma
participação acionária",
disse falando de si próprio.
Brito não quis dar explicações sobre a KKW. "Não
tenho que ficar dando declaração porque é empresa privada. Não tem um
centavo público."
Ex-mulher de Miranda
e diretora da KKW entre
2008 e 2009, Analícia
Scarpa não quis falar da
empresa. "Não conheço
nada sobre a empresa
KKW." Informada de que
já foi diretora, disse apenas ter sido destituída.
A diretoria da fundação
não respondeu ao pedido
de entrevista. O presidente do Senado, José Sarney
(PMDB-AP), afirma que
não tem responsabilidade
administrativa na fundação, criada por ele.
A fundação mantém
museu e biblioteca. O
atendimento a crianças,
citado por Brito, é feito pela Associação dos Amigos
do Bom Menino das Mercês, cujo presidente de
honra é Sarney.
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