São Paulo, sábado, 15 de agosto de 2009

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Outro lado

Fundação tem "boa índole", afirma empresa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A KKW do Brasil fez a doação de R$ 300 mil à Fundação José Sarney porque a entidade "tem boa índole e atende zilhões de crianças", afirmou Renato Brito, da diretoria jurídica da empresa.
Brito atendeu a Folha na calçada da casa usada, segundo ele, para hospedar clientes da KKW em São Paulo. Negou ligação do ex-senador Gilberto Miranda com a empresa.
Um dia depois, porém, Miranda admitiu já ter sido dono da KKW. "Hoje, ela pertence às filhas [Juliana e Marcela Scarpa] do senador Gilberto Miranda. Não tenho nenhuma participação acionária", disse falando de si próprio.
Brito não quis dar explicações sobre a KKW. "Não tenho que ficar dando declaração porque é empresa privada. Não tem um centavo público."
Ex-mulher de Miranda e diretora da KKW entre 2008 e 2009, Analícia Scarpa não quis falar da empresa. "Não conheço nada sobre a empresa KKW." Informada de que já foi diretora, disse apenas ter sido destituída.
A diretoria da fundação não respondeu ao pedido de entrevista. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirma que não tem responsabilidade administrativa na fundação, criada por ele.
A fundação mantém museu e biblioteca. O atendimento a crianças, citado por Brito, é feito pela Associação dos Amigos do Bom Menino das Mercês, cujo presidente de honra é Sarney.


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