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O SUBSTITUTO
Fernando Gonçalves foi condenado por irregularidade em hospital
Suplente de Jefferson foi acusado de fraude
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
Caso a Câmara decida pela
cassação de Roberto Jefferson
(PTB-RJ), receberá como deputado outro petebista com
problemas na Justiça. O suplente de Jefferson é o médico
Fernando Gonçalves, que foi
processado sob a acusação de
ter fraudado o SUS (Sistema
Único de Saúde) quando atuava no Hospital Escola São José,
em Mesquita (município na região metropolitana do Estado
do Rio).
A Justiça Federal em São João
de Meriti (cidade vizinha a
Mesquita) chegou a condená-lo em agosto de 2004 a um ano
e oito meses de prisão, pena revertida para a prestação de serviços comunitários e multa. Só
que o crime já havia prescrito, a
sentença perdeu o valor e a
ação foi arquivada.
A assessoria de Gonçalves informou que ele nem chegou a
apresentar recurso contra a
sentença, mas negou também
que ele tenha cometido o crime
pelo qual foi processado.
Caso assuma na Câmara a vaga de Roberto Jefferson, de
quem é amigo, Fernando Antônio Folgado Gonçalves, 49,
irá para seu terceiro mandato
na Câmara dos Deputados. Em
2002, ele não conseguiu se reeleger; Jefferson foi o único eleito pelo PTB no Rio.
No ano passado, Gonçalves
concorreu pelo PTB, ao qual é
filiado desde 1989, à Prefeitura
de Nova Iguaçu (Baixada Fluminense), cidade em que nasceu e onde tem seu reduto eleitoral.
Ele foi derrotado no primeiro
turno pelos candidatos Lindbergh Faria (PT) e Mário Marques (PMDB). Votaram nele
44.800 eleitores, o equivalente a
11,9% dos votos válidos do município.
No segundo turno, Gonçalves apoiou o petista, que acabou eleito. Ele fez campanha e
foi para as ruas acompanhado
de Lindbergh, mas lideranças
municipais do PTB não aceitaram aderir ao PT e fizeram
campanha para Marques.
Gonçalves esteve ontem em
Brasília acompanhando de
perto a sessão da Câmara que
poderia decidir pela cassação
de Jefferson. Até o fechamento
desta edição, ele não havia falado à Folha sobre planos para o
possível mandato.
Gonçalves exerceu um mandato de deputado estadual, de
1991 a 1994, quando se elegeu
para a Câmara dos Deputados.
Ele foi reeleito em 1998. Na
eleição de 2002, não se reelegeu, apesar de ter obtido 39.456
votos. Sua condição de suplente permitiu que exercesse o
mandato de deputado de 3 de
fevereiro de 2003 a 23 de janeiro de 2004.
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