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FORÇAS ARMADAS
Exército diz que falta verba até para comida e reduz expediente
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Comando do Exército
afirmou ontem que a corporação carece de recursos para o pagamento de água, luz,
telefone e alimentação e explicou que as medidas restritivas, como a redução do horário de expediente nas segundas e sextas-feiras, são consequências do congelamento de R$ 580 milhões
feito pelo governo.
"[A] economia nos gastos
com água, luz e telefone está
prevista para todo o Exército
até o dia 30 de outubro do
corrente ano, na expectativa
de que as gestões do Ministério da Defesa com a Secretária de Orçamento Financeiro
gerem o descontingenciamento desses recursos", afirma nota do Exército.
Ontem começaram a vigorar as medidas que, diz a nota, valem para todos: do taifeiro de segunda-classe até o
general de Exército. Na segunda-feira, o expediente vai
começar só depois do almoço; na sexta, vai terminar antes dele.
Procurada, a assessoria do
Ministério do Planejamento
não se manifestou até a conclusão desta edição.
Apesar de recentes investimentos militares do governo Lula terem como alvo a
Marinha, que vai adquirir
novos submarinos, e a Aeronáutica, que se prepara para
renovar sua frota de caças, o
Exército é o que, até o momento, mais executou seu
orçamento.
Até a semana passada, foram gastos R$ 13,3 bilhões. E
o Exército, de longe, é o que
tem a maior dotação orçamentária entre as três Forças -R$ 22 bilhões, ante
R$ 12,7 bilhões da Marinha e
R$ 11,9 bilhões da Aeronáutica -estão incluídos nessas
cifras os gastos com pessoal e
encargos sociais, maior fatia
do bolo.
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