São Paulo, terça-feira, 15 de setembro de 2009

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FORÇAS ARMADAS

Exército diz que falta verba até para comida e reduz expediente

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Comando do Exército afirmou ontem que a corporação carece de recursos para o pagamento de água, luz, telefone e alimentação e explicou que as medidas restritivas, como a redução do horário de expediente nas segundas e sextas-feiras, são consequências do congelamento de R$ 580 milhões feito pelo governo.
"[A] economia nos gastos com água, luz e telefone está prevista para todo o Exército até o dia 30 de outubro do corrente ano, na expectativa de que as gestões do Ministério da Defesa com a Secretária de Orçamento Financeiro gerem o descontingenciamento desses recursos", afirma nota do Exército.
Ontem começaram a vigorar as medidas que, diz a nota, valem para todos: do taifeiro de segunda-classe até o general de Exército. Na segunda-feira, o expediente vai começar só depois do almoço; na sexta, vai terminar antes dele.
Procurada, a assessoria do Ministério do Planejamento não se manifestou até a conclusão desta edição.
Apesar de recentes investimentos militares do governo Lula terem como alvo a Marinha, que vai adquirir novos submarinos, e a Aeronáutica, que se prepara para renovar sua frota de caças, o Exército é o que, até o momento, mais executou seu orçamento.
Até a semana passada, foram gastos R$ 13,3 bilhões. E o Exército, de longe, é o que tem a maior dotação orçamentária entre as três Forças -R$ 22 bilhões, ante R$ 12,7 bilhões da Marinha e R$ 11,9 bilhões da Aeronáutica -estão incluídos nessas cifras os gastos com pessoal e encargos sociais, maior fatia do bolo.


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