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REAÇÃO
"The Economist" considerou "loucos" ministros que rejeitaram contribuição de inativos
STF estuda processar revista britânica
da Sucursal de Brasília
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro
Carlos Velloso, disse ontem que
estuda processar a revista britânica "The Economist".
Em editorial na edição de 9 de
outubro, a revista classificou os
ministros do STF como "loucos"
devido à decisão de suspender a
cobrança da contribuição previdenciária de servidores inativos
e pensionistas e o aumento do
desconto para os ativos.
"Já estou consultando a Organização Internacional dos Magistrados. Se for o caso, essa revista será chamada às barras da
Justiça inglesa para responder
pelas inconsequências que publicou", afirmou Velloso.
Ele também cobrou do presidente Fernando Henrique Cardoso uma manifestação. "O presidente da República, como chefe de Estado, tem por obrigação
representar e defender o Estado.
Estou aguardando o pronunciamento do chefe de Estado face
aos ataques que o STF sofreu por
parte dessa revista alienígena",
escreveu o ministro.
No final da tarde, o porta-voz
da Presidência, Georges Lamazière, afirmou: "O presidente da
República já expressou sua opinião sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal relativa à
contribuição de ativos, inativos e
pensionistas sublinhando o seu
caráter técnico-jurídico".
Para Velloso, a análise feita pela revista "The Economist" pressupõe que o STF deveria "rasgar
a Constituição em nome do
ajuste econômico". Ele disse que
a economia é que deve se ajustar
ao texto constitucional.
O ministro criticou a desinformação da imprensa estrangeira.
"Essas publicações estrangeiras
desconhecem a realidade brasileira, sobretudo a ordem jurídica
constitucional do nosso país."
O relator das ações sobre a
contribuição do funcionalismo,
ministro Celso de Mello, afirmou que a publicação deu tratamento "leviano" para a questão.
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