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Não abriremos mão da CPMF, afirma Dilma
DA SUCURSAL DO RIO
A ministra da Casa Civil,
Dilma Rousseff, disse ontem que o governo não
pretende abrir mão da
CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), "até o último minuto".
Sobre os cálculos de que
o governo não teria votos
suficientes para aprovar a
prorrogação da contribuição até 2011, mesmo com a
saída de Renan Calheiros
(PMDB-AL) da presidência do Senado, respondeu
que "em política um dia é
um dia, uma semana é
uma semana e um mês é
um mês", e que está otimista sobre a aprovação.
Ela esquivou-se de dizer
quantos votos o governo
calcula ter em favor da
prorrogação da CPMF,
alegando não ser da área
de atuação dela, mas pôs
em dúvidas os cálculos de
que não estão assegurados
os 49 votos necessários
para a aprovação. "Eu teria
cuidado nas afirmações
tanto de que está garantida a aprovação, quanto a
de que está garantida a desaprovação."
Ela considera a CPMF
fundamental para manter
programas nas áreas social, de saúde, habitação e
de infra-estrutura e acredita que a oposição, "que já
foi governo", tem senso de
responsabilidade.
Afirmou que o governo
Lula recebeu o país, em
2002, com "imensa fragilidade fiscal, ameaça de descontrole inflacionário e
fragilidades externas significativas" e que a economia se estabilizou e começa a crescer a 5% ao ano,
com distribuição de renda.
"Alterar isso seria responsabilidade muito grande das oposições. O gasto
do governo, mesmo não
sendo decisivo, é estratégico para junto com o investimento privado garantir a aceleração do crescimento."
(ELVIRA LOBATO)
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