São Paulo, segunda-feira, 15 de outubro de 2007

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Planalto estuda ajustar PAC em troca da CPMF

VALDO CRUZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os articuladores do governo Lula iniciam nesta semana uma operação para aprovar a CPMF ainda neste ano que passa por acionar governadores para angariar votos na oposição e encurtar o prazo de tramitação da proposta, além de montar uma agenda de reuniões com os senadores aliados, insatisfeitos por nunca terem sido recebidos pelo presidente Lula.
Até o remanejamento de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) poderá ser usado para sensibilizar senadores e governadores a votar a favor da CPMF.
O primeiro alvo será a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), relatora na CCJ da emenda que prorroga a CPMF até 2011. Como ela já disse que fará um relatório contra a prorrogação, o governo quer sensibilizá-la a não usar todo o prazo que tem. Para a tarefa, o Planalto vai pedir ajuda do governador Marcelo Miranda (PMDB-TO), que tem boa relação com Kátia.
Ainda na oposição, o governo conta com o trabalho de governadores como José Serra (SP), Aécio Neves (MG) e Cássio Cunha Lima (PB). De Aécio, a expectativa é que ele converse com Eliseu Rezende (DEM) e Eduardo Azeredo (PSDB).
Os governadores têm interesse na prorrogação da CPMF para evitar que o governo acabe obstruindo acordos já celebrados que significam novos empréstimos e investimentos do PAC. Cunha Lima, por exemplo, está para assinar o acordo que abrirá uma margem para a Paraíba aumentar seu endividamento em R$ 340 milhões.
O Planalto acena com a possibilidade de incluir obras pedidas pelos governadores no PAC no final deste ano. É que a equipe do programa vai trocar os projetos que estão patinando por outros que tenham mais viabilidade de execução.


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