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Planalto estuda ajustar PAC em troca da CPMF
VALDO CRUZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os articuladores do governo
Lula iniciam nesta semana
uma operação para aprovar a
CPMF ainda neste ano que passa por acionar governadores
para angariar votos na oposição
e encurtar o prazo de tramitação da proposta, além de montar uma agenda de reuniões
com os senadores aliados, insatisfeitos por nunca terem sido
recebidos pelo presidente Lula.
Até o remanejamento de
obras do PAC (Programa de
Aceleração do Crescimento)
poderá ser usado para sensibilizar senadores e governadores a
votar a favor da CPMF.
O primeiro alvo será a senadora Kátia Abreu (DEM-TO),
relatora na CCJ da emenda que
prorroga a CPMF até 2011. Como ela já disse que fará um relatório contra a prorrogação, o
governo quer sensibilizá-la a
não usar todo o prazo que tem.
Para a tarefa, o Planalto vai pedir ajuda do governador Marcelo Miranda (PMDB-TO), que
tem boa relação com Kátia.
Ainda na oposição, o governo
conta com o trabalho de governadores como José Serra (SP),
Aécio Neves (MG) e Cássio Cunha Lima (PB). De Aécio, a expectativa é que ele converse
com Eliseu Rezende (DEM) e
Eduardo Azeredo (PSDB).
Os governadores têm interesse na prorrogação da CPMF
para evitar que o governo acabe
obstruindo acordos já celebrados que significam novos empréstimos e investimentos do
PAC. Cunha Lima, por exemplo, está para assinar o acordo
que abrirá uma margem para a
Paraíba aumentar seu endividamento em R$ 340 milhões.
O Planalto acena com a possibilidade de incluir obras pedidas pelos governadores no PAC
no final deste ano. É que a equipe do programa vai trocar os
projetos que estão patinando
por outros que tenham mais
viabilidade de execução.
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