São Paulo, segunda-feira, 15 de outubro de 2007

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Oposição ataca possível volta de Lula em 2014

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concorrer à sucessão em 2014, conforme ele revelou em entrevista à Folha publicada ontem, foi criticada pela oposição, apesar de estar de acordo com a lei.
Para o senador Arthur Virgílio, líder do PSDB na Casa, a idéia de Lula tentar um terceiro mandato "esclerosa as veias da renovação política". "As pessoas acabam mexicanizando o Brasil, e digo mexicanizando para ser elegante, pois tenho medo mesmo é de uma venezualização", afirmou, em referência ao presidente Hugo Chávez.
O senador tucano não descarta levantar a discussão sobre a possibilidade de se mudar as regras vigentes, fixando prazo máximo de dois mandatos para os presidentes ficarem no poder.
O líder do DEM na Câmara, deputado Onyx Lorenzoni (RS), ainda duvida que Lula tenha realmente descartado a possibilidade de promover uma mudança na legislação para tentar ser candidato novamente já em 2010. Na entrevista, Lula disse que esta hipótese "não existe".
"O presidente tem inúmeras vezes dito uma coisa e feito outra", afirmou.
Para o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), o presidente deveria estar preocupado em governar bem. "Antes de ele falar em 2014, ele tem que governar até 2010, e governar bem. Pode até ter ambição, mas antes tem que governar bem até 2010, o que na minha opinião acho que ainda não ocorre", afirmou.
Líderes governistas saíram em defesa do presidente. Para Romero Jucá (PMDB-RR), o fato de Lula afirmar que cogita voltar em 2014 tem um simbolismo grande, porque abafa "a paranóia de alguns", que acreditam que ele pode tentar ficar no poder em 2010.


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