|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Outro lado
Ex-secretário isenta ministérios de responsabilidade
DA ENVIADA A VOLTA REDONDA
O ex-secretário de Inclusão
Social do Ministério da Ciência
e Tecnologia, deputado federal
Rodrigo Rollemberg (PSB-DF),
diz que o modelo de repasses
voluntários de recursos do governo federal para ONGs, Estados e municípios tem de ser revisto. Segundo ele, as irregularidades apontadas pelo TCU foram cometidas por terceiros,
que executaram os projetos, e
não pelos ministérios.
Disse que com a estrutura e
as equipes que as pastas dispõem, seria impossível fiscalizar a aplicação do dinheiro. "Vivemos um dilema. Se os ministérios seguirem o rigor administrativo cobrado pelo TCU,
não conseguirão atingir mais
que 30% das transferências voluntárias aprovadas no Orçamento. Por outro lado, o Orçamento tem de ser cumprido."
Ele defende que as transferências voluntárias sejam substituídas por um aumento nos
fundos de participação de Estados e municípios. O deputado
admite que o modelo de telecentros móveis é questionável.
"Pode ter utilidade em situações excepcionais, como a formação de professores no meio
rural, mas não como regra." Segundo ele, a maioria dos projetos implantados nasceu de
emendas parlamentares.
A Finep disse, em nota, que
instaurou processos de Tomada de Contas Especial dos projetos relativos ao Ibrae, ao Intedeq e ao Instituto Amor pela
Vida. Segundo a agência, foram
efetuados todos os procedimentos legais, técnicos e administrativos, conforme a Instrução Normativa 35/00 do TCU,
para mensurar valores e identificar os responsáveis pelo suposto prejuízo. As providências
tomadas internamente, diz, serão informadas ao Ministério
da Ciência e Tecnologia, à CGU
e ao TCU para julgamento.
A Finep diz que aprovou oito
projetos de inclusão digital e
indeferiu quatro, e que as aprovações atenderam a emendas,
de responsabilidade do Congresso. "A Finep não tem legitimidade para mudar ou questionar o conteúdo das emendas."
A Fundação Educacional de
Duque de Caxias e a Fundação
Assis Gurgacz disseram que estão prontos para esclarecer os
questionamentos do TCU e negaram haver irregularidade na
execução de seus projetos.
O Instituto Amor pela Vida
não foi localizado. A Prefeitura
de Duque de Caxias informou
que a ONG não se registrou no
Conselho Municipal de Assistência Social. O endereço que
figura como sede da entidade
está fechado e com placa de aluguel. Procurados, os responsáveis pelo Ibrae e pelo Intedeq
não foram localizados.
(EL)
Texto Anterior: Projetos de inclusão estão abandonados Próximo Texto: Toda Mídia - Nelson de Sá: Nas ruas e na tela Índice
|