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Juíza defende uso de placas frias
para a proteção de magistrados
DA REPORTAGEM LOCAL
A juíza federal Adriana Pileggi
de Soveral, da 8ª Vara Federal Criminal, defendeu, por meio de carta enviada à Folha por seu advogado Dagoberto Loureiro, que
magistrados usem placas frias por
questões de segurança.
"É inacreditável que se tente denegrir um juiz quando procura
cuidar de sua segurança pessoal (e
não para evitar o pagamento de
multas de trânsito, como disse esse jornal), providência mais do
que recomendável diante dos assassinatos a sangue-frio de dois
juízes no ano passado e dos seguidos ataques feitos por meliantes a
repartições policiais, em dias recentes", afirma a carta.
A correspondência foi enviada
em resposta a uma reportagem
publicada na edição de 7 de novembro, página A-6, com o título
"Atuação de juíza é alvo de investigação", na qual a Folha informou que o Ministério Público fará um aditamento à denúncia oferecida contra outros juízes e que
denunciará Soveral como o quarto membro de uma suposta quadrilha que beneficiava acusados.
Procurada pela Folha na véspera da publicação da reportagem,
Soveral não quis se manifestar.
Procurada ontem, a juíza indicou
seu advogado para falar.
Na carta, Loureiro afirma que,
"em primeiro lugar, não se sabe se
a notícia é verdadeira, pois apenas
sugere que determinados procuradores iriam fazer um aditamento à denúncia formulada contra
outros magistrados (...)".
O advogado reclama da falta de
espaço dado à informação de que
o Tribunal Regional Federal
(TRF) não recebeu denúncia criminal apresentada pelo MPF contra Soveral por abuso de poder e
prevaricação. Diz ainda que o
TRF confirmou decisão da juíza
que reconheceu a prescrição da
ação contra o ex-prefeito Paulo
Maluf por fraudes na emissão de
títulos para pagar precatórios.
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