DA REDAÇÃO

Leia abaixo a íntegra do discurso de Luiz Inácio Lula da Silva na cerimônia de diplomação, no Tribunal Superior Eleitoral.
 
Senhor presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro companheiro constituinte Nelson Jobim, senhoras e senhores ministros do TSE, meu querido companheiro José Alencar, vice-presidente eleito, lúcido e leal companheiro, companheiros dirigentes de partidos políticos, companheiros lideranças na Câmara e no Senado, minhas senhoras e meus senhores. Meu querido companheiro Marinho, que está presente nesse ato, meus filhos, minha esposa.
Eu nunca falei só cinco minutos. Cinco minutos eu começo a falar e, para terminar, aí eu fico mais meia hora falando. Como eu sei que tem um protocolo rígido, depois nós vamos almoçar bem, resolvi escrever três coisas aqui que eu gostaria de falar.
No dia 6 e no dia 27 de outubro, por coincidência duas datas do meu aniversário, a sociedade brasileira deu a si mesma e ao mundo um exemplo extraordinário de democracia.
Milhões de homens e mulheres, num clima de paz e tranquilidade, exerceram o sagrado direito de escolher seus representantes. O vasto comparecimento popular às urnas revelou um apreço pela democracia e a consciência cívica que hoje existem em nosso país. A soberania popular foi exercida em plenitude.
As instituições democráticas mostraram toda a sua vitalidade. Para isso, muito contribuíram os organismos encarregados de coordenar o processo eleitoral. Eles atuaram com zelo e eficiência no cumprimento da lei.
Do ponto de vista técnico, podemos afirmar, sem nenhum exagero, que o processo eleitoral brasileiro está entre os mais avançados do mundo. Isso demonstra o potencial das tecnologias eletrônicas a serviço da participação cidadã.
Estou convencido de que essas tecnologias serão de grande utilidade para viabilizar, e num país continental como o nosso, também outras formas de participação democrática e mobilização da sociedade.
Parabenizo novamente, e nunca me cansarei de fazê-lo, o povo brasileiro, sujeito maior da democracia. Parabenizo igualmente as autoridades eleitorais, em particular o TSE, pela dedicação e lisura com que exerceram suas funções constitucionais.
Se havia alguém no Brasil que duvidasse que um torneiro mecânico, saído de uma fábrica, chegasse à Presidência da República, 2002 provou exatamente o contrário. E eu, que durante tantas vezes fui acusado de não ter um diploma superior, ganho como meu primeiro diploma o diploma de presidente da República do meu país.


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