DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Como forma de economizar nos gastos de viagem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu abrir mão de usar o avião presidencial -um avião da TAM disponibilizado por meio de concorrência- para sua primeira viagem à Europa depois de eleito.
Lula e a comitiva farão os trechos de ida e volta entre São Paulo e Paris em vôos comerciais da própria TAM. Na Europa, usarão um jatinho Legacy, oferecido pela Embraer, para circular entre Davos (Suíça), Berlim (Alemanha) e Paris (França). Devem acompanhar o presidente 12 pessoas, entre ministros e assessores.
Segundo cálculos da Folha, a viagem sairá por um quinto do valor que custaria no avião presidencial. Lula deve embarcar no dia 24 e voltar no dia 28 deste mês.
Em Davos, Lula participa do Fórum Econômico Mundial. Depois, se encontrará com Gerard Schroder e Jacques Chirac.
As passagens de primeira classe e de classe executiva no vôo comercial custam, respectivamente, US$ 6.241,30 e US$ 4.037,30.
Se cinco pessoas viajarem de primeira classe e as oito restantes forem de executiva, os bilhetes custariam US$ 63.504,90. A assessoria de imprensa da TAM informou que haverá um "desconto" para a Presidência.
Segundo o contrato entre a TAM e a Presidência, vigente até agosto, só há pagamento quando o avião é solicitado. Nesses casos, são pagos R$ 75 por milha voada e R$ 5.612 por hora parada do avião. A viagem custaria cerca de US$ 320 mil, na cotação de ontem.
Os cálculos acima não incluem o custo de viagem da equipe precursora, que faz os primeiros contatos e averiguações no local e da "escav" (escalão avançado), grupo de seguranças, assessores, e jornalistas que chegam cerca de quatro dias antes do presidente. Também não foram computados gastos com o jato da Embraer.
O Planalto não divulgou a análise de custo oficial que demonstra a economia calculada. (LS)


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