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TRANSPORTES
Ministro recebeu empreiteiros e disse que ajuda na recuperação de estradas não poderá ter conflito com iniciativa privada
Adauto recua sobre usar Exército em obras
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Anderson Adauto
(Transportes) amenizou o discurso feito no dia da sua posse e disse
ontem que o Exército terá uma
participação pequena na recuperação das estradas. "Será um percentual que não venha a criar atritos com a iniciativa privada [empreiteiras]", disse. A mudança
ocorreu um dia depois da visita de
representantes de empreiteiras.
Uma das primeiras medidas de
Adauto no ministério foi suspender todas as licitações para obras
em estradas e portos e anunciar o
uso do Exército na recuperação e
construção de estradas.
Na terça, o ministro havia recebido representantes das Aneor
(Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias) e da
CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), entidades
representantes de empreiteiras.
Segundo Paulo Simão, diretor
da CBIC, o ministro teria dito na
reunião que se havia dado muita
importância à participação do
Exército nas obras. Adauto teria
dito ainda que até o dia 12 de março haveria definição das obras
prioritárias que serão retomadas.
Quando anunciou a suspensão,
o ministro disse que a prioridade
eram as obras de recuperação de
trechos. A maior parte das licitações suspensas, no entanto, trata
de recuperação ou melhoramentos em estradas, e não de construção de trechos novos.
Ontem, o ministro se reuniu
com representantes do Exército
para discutir a participação deles
na recuperação. Os trechos que ficarão a cargo do Exército ainda
não foram definidos.
O Exército irá participar da recuperação de trechos críticos, de
emergências, e da fiscalização de
obras. Poderá, para isso, contratar
empresas ou engenheiros. Adauto disse que o DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes, ex-DNER) não
tem pessoal concursado para fiscalizar as obras.
Semana que vem, Adauto e o
ministro José Viegas Filho (Defesa) entregarão ao presidente Lula
orçamento para reequipar os 11
batalhões de engenharia do Exército. Ele anunciou também que o
IME (Instituto Militar de Engenharia) criará um centro de excelência de construção rodoviária.
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