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São Paulo, quinta-feira, 16 de janeiro de 2003

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TRANSPORTES

Ministro recebeu empreiteiros e disse que ajuda na recuperação de estradas não poderá ter conflito com iniciativa privada

Adauto recua sobre usar Exército em obras

HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Anderson Adauto (Transportes) amenizou o discurso feito no dia da sua posse e disse ontem que o Exército terá uma participação pequena na recuperação das estradas. "Será um percentual que não venha a criar atritos com a iniciativa privada [empreiteiras]", disse. A mudança ocorreu um dia depois da visita de representantes de empreiteiras.
Uma das primeiras medidas de Adauto no ministério foi suspender todas as licitações para obras em estradas e portos e anunciar o uso do Exército na recuperação e construção de estradas.
Na terça, o ministro havia recebido representantes das Aneor (Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias) e da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), entidades representantes de empreiteiras.
Segundo Paulo Simão, diretor da CBIC, o ministro teria dito na reunião que se havia dado muita importância à participação do Exército nas obras. Adauto teria dito ainda que até o dia 12 de março haveria definição das obras prioritárias que serão retomadas.
Quando anunciou a suspensão, o ministro disse que a prioridade eram as obras de recuperação de trechos. A maior parte das licitações suspensas, no entanto, trata de recuperação ou melhoramentos em estradas, e não de construção de trechos novos.
Ontem, o ministro se reuniu com representantes do Exército para discutir a participação deles na recuperação. Os trechos que ficarão a cargo do Exército ainda não foram definidos.
O Exército irá participar da recuperação de trechos críticos, de emergências, e da fiscalização de obras. Poderá, para isso, contratar empresas ou engenheiros. Adauto disse que o DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes, ex-DNER) não tem pessoal concursado para fiscalizar as obras.
Semana que vem, Adauto e o ministro José Viegas Filho (Defesa) entregarão ao presidente Lula orçamento para reequipar os 11 batalhões de engenharia do Exército. Ele anunciou também que o IME (Instituto Militar de Engenharia) criará um centro de excelência de construção rodoviária.


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