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São Paulo, quinta-feira, 16 de janeiro de 2003

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ORÇAMENTO

Do montante, R$ 2,4 bilhões são destinados a restos a pagar do governo FHC; Fome Zero terá R$ 180 mi em janeiro

Lula libera R$ 4,2 bi e define gastos de novas pastas

JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo autorizou ontem os ministérios a gastarem R$ 4,2 bilhões até o início de fevereiro. Mas a maior parte dos pagamentos -R$ 2,4 bilhões- é para despesas contratadas ainda pelo governo Fernando Henrique Cardoso. São os chamados restos a pagar.
O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, disse que o total de restos a pagar será fechado nos próximos dias. "Houve uma redução significativa em relação ao ano passado". De 2001 para 2002, somaram R$ 13 bilhões.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou ontem o Orçamento, sem mudar a previsão de receitas e despesas do Congresso. Mudanças virão em fevereiro -será definido o cronograma para 2003. Há chances de cortes.
Com a sanção do Orçamento, o presidente baixou dois decretos definindo os gastos dos ministérios até o início de fevereiro e redistribuindo os recursos orçamentários entre as novas pastas criadas pelo governo Lula.
Pela redistribuição de recursos, o Ministério da Assistência e Promoção Social herdou R$ 5 bilhões da extinta Secretaria de Assistência Social. O Ministério das Cidades contará com R$ 1,7 bilhão -R$ 300 milhões a mais que a verba da antiga Secretaria de Desenvolvimento Urbano. Com a divisão do Ministério do Esporte e Turismo, essa última pasta ganhou R$ 261 milhões. A primeira, R$ 454 milhões.
O Orçamento prevê para investimento e custeio R$ 24,6 bilhões para o Ministério da Saúde. A Educação terá R$ 7,2 bilhões. Os ministérios dos Transportes e da Defesa, R$ 4,6 bilhões cada um. A pasta de Ciro Gomes (Integração Nacional) terá R$ 2 bilhões.
Na sanção da lei orçamentária, Lula impôs quatro vetos ao texto dos congressistas. Foram eliminados dispositivos que dificultariam a gestão dos recursos pelo Executivo e artigos que, segundo o governo, "extrapolam" o Orçamento e que já estariam na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
O decreto que define o limite de gastos até fevereiro diz que os ministérios só poderão gastar 6% dos recursos previstos nesse período (R$ 1,5 bilhão). Nenhum ministério poderá contratar obras até fevereiro. Para o Fome Zero o governo liberou 10% dos recursos do programa em 2003 (R$ 180 milhões em janeiro).


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