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Advogado diz que declaração é "mentirosa"
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado Celso Vilardi, que defende a construtora Camargo Corrêa, afirmou ontem que é "mentirosa" a afirmação da procuradora da República Karen Kahn de que ele "induziu" o Superior Tribunal
de Justiça a erro.
"Eu apresentei ao tribunal cinco volumes do processo. Tudo o que mostrei
está documentado. Se
existiu uma denúncia de
réu-colaborador, se existiu investigação preliminar antes da quebra do sigilo telefônico, nada disso
está no processo. Em 20
anos de carreira, nunca vi
isso. A Procuradoria parece que está falando de um
outro caso, não da Castelo
de Areia", afirmou Vilardi.
O advogado só aceitou
falar sobre detalhes do caso porque a reportagem
comprovou que já tinha
cópia do processo sigiloso.
"Não aceito que digam
que induzi o tribunal a erro. É uma acusação falsa. A
procuradora está faltando
com a verdade, é má-fé. É
só você olhar no processo
e ver que em nenhum momento há nenhuma menção a réu-colaborador.
Aliás, a primeira vez que
ouvi falar em réu-colaborador foi há um mês, durante julgamento no Tribunal Regional Federal da
3ª Região, quase dois anos
depois de a quebra ter sido
decretada", disse.
No primeiro ofício que a
Polícia Federal enviou à
Justiça Federal sobre o caso, em 10 de janeiro de
2008, o delegado Otávio
Russo relata ter recebido
uma ""notitia criminis"
anônima dando conta de
que uma pessoa de nome
Kurt Pickel estaria se dedicando à atividade de
compra e venda de dólares
no mercado paralelo".
Não há informação sobre
réu-colaborador.
Com relação à concessão de senhas a agentes da
PF, Vilardi apresentou ao
STJ cartas das operadoras
de telefonia reclamando
da extensão do pedido.
Sobre os documentos
apreendidos com diretores da Camargo Corrêa,
que indicam supostos crimes de evasão de divisas e
pagamentos de propina a
políticos e autoridades públicas, Vilardi afirmou que
não se manifestará sobre
"provas ilícitas".
"Se o tribunal confirmar
a decisão do presidente da
corte, todo esse documento será considerado ilegal
e não posso me manifestar
sobre provas ilícitas", disse.
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