São Paulo, sábado, 16 de janeiro de 2010

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Dilma é "a cara do cara", diz Sarney, em referência a elogio de Obama a Lula

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BACABEIRA (MA)

O presidente do Senado, senador José Sarney (PMDB-AP), disse ontem, em Bacabeira (MA), que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) "é a cara do cara", em referência ao elogio feito em abril pelo presidente dos EUA, Barack Obama, ao colega Lula.
Sarney afirmou ainda que Dilma, candidata preferida de Lula à sucessão presidencial, "é uma mulher que hoje tem trabalhos prestados ao Brasil" e que ainda "vai prestar muitos outros trabalhos" ao país.
"Eu quero dizer que ela é a cara do cara, porque, ao seu lado [de Lula], tem lhe ajudado, tem sido competente e tem mostrado a ascensão da mulher brasileira", disse o senador, em discurso na solenidade de lançamento da pedra fundamental de uma refinaria no Estado.
Lula e Dilma participavam da cerimônia. A ministra havia encerrado seu discurso, repetindo o elogio de Obama: "O presidente Lula é de fato o cara", disse ela. Ao final da solenidade, a ministra foi escalada para falar com a imprensa. O presidente só tirou fotos e não deu entrevista.
Em seu discurso, Lula fez um rápido balanço da sua gestão, ressaltando a transposição do rio São Francisco.
Dilma defendeu a estratégia do governo de comparar as realizações da atual administração com a passada, e disse que continuar o governo Lula não significa fazer tudo igual, mas "avançar".
"Quem não quer discutir o governo Lula é porque se incomoda com as comparações", disse. "Comparar a gestão Lula com qualquer outro período é a forma como nós podemos chegar para o povo, olho no olho, e dizer: nós fizemos", completou ela.
A ministra ainda disse que, "antes de 2003, quando eles [a oposição] governavam, nunca o Brasil cresceu e distribuiu renda". "Não há por que fingir que não sei disso. Por que vamos vetar essa discussão?"
Destaque no evento, Dilma, aclamada "presidente" por parte da plateia, também recebeu elogios da governadora Roseana Sarney (PMDB), que a chamou de "minha amiga e companheira" e a classificou como "a maior trabalhadora do Brasil".


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