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São Paulo, domingo, 16 de fevereiro de 2003

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Maioria apóia regime único de previdência

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Se dependesse da bancada do PT, militares e juízes teriam de se aposentar sob o mesmo regime previdenciário que prevalecesse para empregados do setor privado e funcionários públicos: teriam o mesmo limite de aposentadoria e perderiam certas regalias, como pensão vitalícia para as filhas solteiras dos militares.
Pelo menos 52 deputados petistas ouvidos pela Folha defendem regime único de aposentadoria. Querem que o mesmo teto de aposentaria do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) valha para os funcionários públicos.
O mesmo número de deputados (não exatamente os mesmos 52 que defendem o teto único) não quer ver militares e juízes de fora do regime geral. "O tratamento tem de ser o mesmo para todo mundo. Militares e juízes têm de ser tratados da mesma forma", disse Ary Vanazzi (RS).
"Tem aposentado que recebe R$ 20 mil. Isso tem que ser mudado, por que alguns têm que ganhar tanto a mais do que os outros?", diz Adão Pretto (RS). Muitos gostariam que o valor máximo de aposentadoria dos empregados do setor privado (hoje em R$ 1.561,56) fosse elevado. Durval Orlato (SP) diz que as pessoas esqueceram o sentido da Previdência: "Previdência não é para manter padrão de vida, mas para garantir dignidade para o aposentado". Ele condena as aposentadoria elevadas, mas considera baixo o limite do INSS: "O ideal seria que o teto subisse para R$ 3.500".
Muitos encamparam a proposta da CUT, de aumentar o teto da aposentadoria pelo INSS para 20 salários mínimos e estendê-lo aos servidores públicos. Segundo Angela Guadagnin (SP), mais de 80% dos servidores públicos ganham menos que o teto do INSS. Se o limite subisse para 20 salários mínimos, seria muito pequena a parcela que não se aposentariam com o salário integral.


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