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Serra já admite candidatura de Alckmin
Governador diz que "se Alckmin decidir ser candidato, ele será'; ex-governador deve anunciar candidatura na próxima semana
Após troca de telefonemas, Alckmin e Serra acertaram uma reunião nos próximos dias para discutir sucessão municipal em São Paulo
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Em mais uma etapa do cronograma fixado com seus aliados, Geraldo Alckmin (PSDB)
deverá informar, na semana
que vem, ao governador de São
Paulo, José Serra, que é candidato à prefeitura da capital.
Já resignado com a hipótese
de duas candidaturas no bloco
PSDB-DEM, Serra chegou a
afirmar ontem, publicamente,
o que vem repetindo aos tucanos: "Se Alckmin decidir ser
candidato, ele será", disse ele
durante a inauguração de uma
escola em Ribeirão Preto (SP).
Após uma troca de telefonemas, Alckmin e Serra acertaram uma reunião nos próximos
dias para discutir sucessão municipal. Com o aval de Alckmin,
seus apoiadores também planejam para semana que vem
um ato na zona leste da cidade
em defesa de sua candidatura.
Mas, antes mesmo do anúncio, a candidatura de Alckmin
já é tratada como fato pelo
PSDB. Inclusive por Serra.
Até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso -antes
defensor de um acordo com o
DEM pela reeleição de Gilberto
Kassab- ensaiou um recuo ontem, num encontro de vereadores do PSDB, ao afirmar, numa
alusão às pesquisas de opinião,
e sob aplausos, que o candidato
será aquele que o povo -"não a
cúpula" - escolher.
"Vamos voltar ao poder. E
2008 é o primeiro passo da arrancada que vai nos levar a
2010. Vamos passar por 2008 e
chegar a 2010 unidos. Qualquer
fofoca é fofoca. Unidos. Vamos
estar unidos ao redor do candidato que vocês, povo, pressentirem que é o nosso candidato.
Não é a cúpula que vai decidir",
discursou FHC, apontando a
"roubalheira" como um tema
inevitável da campanha.
Anteontem, em retribuição a
um telefonema de José Aníbal
(SP), Serra telefonou para o novo líder do PSDB na Câmara
pregando unidade. Mas, embora dê como certa a candidatura
Alckmin, ele resiste à idéia de
pedir que Kassab desista da disputa. "Hoje, o cenário é de duas
candidaturas", disse o presidente nacional do PSDB, Sérgio
Guerra (PE), com quem Serra
se reuniu na noite de quinta.
Ontem, um dia após a audiência no Palácio dos Bandeirantes, Guerra reproduziu as
palavras de Serra. "É uma questão de São Paulo. Mas, se o dr.
Geraldo desejar ser candidato,
será com certeza".
O discurso está longe de
agradar aos alckmistas que, a
exemplo do que aconteceu em
2004, com Serra, esperavam
um apelo mais enfático do partido. "Não é o Geraldo que tem
que querer. O PSDB tem que
querer", afirmou o deputado
federal Sílvio Torres (SP).
Para manutenção da aliança
no primeiro turno, os alckmistas apostam em duas hipóteses:
que Serra volte atrás e tente
convencer Kassab ou que o prefeito desista espontaneamente,
caso não apresente bom desempenho nas pesquisas.
Aníbal minimiza o problema:
"Se for possível uma convergência antes do 1º turno, será
bem apropriado, mas se não for
possível, no 2º turno se fará".
Colaborou a FOLHA ONLINE , em Ribeirão Preto
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