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DEM adia encontro para decidir sobre expulsão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
O DEM vai deixar para a semana que vem a reunião da
Executiva Nacional que decidirá sobre a expulsão do governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio. Com isso,
além do governador, o partido,
indeciso, ganhará tempo para
unificar sua posição.
A Folha apurou que, entre os
dirigentes do partido, a intervenção no diretório da sigla em
Brasília é dada como certa, mas
a expulsão do governador ainda é dúvida. Vai depender dos
apoios que ele conseguir atrair
-deverá se reunir com Lula- e
do destino que a Câmara Legislativa dará aos pedidos de impeachment contra ele.
Arruda também enfrenta
três pedidos semelhantes, que
serão colocados sob análise da
Comissão de Constituição e
Justiça da Câmara Legislativa
na quinta-feira. A análise é vista como uma forma de tentar
forçar a renúncia de Arruda.
Se Paulo Octávio não for processado e conquistar o apoio de
Lula, avaliam democratas, a tese da expulsão se enfraquece
-assim como a possibilidade
de uma intervenção federal.
Arruda preocupado
Após cinco dias preso na Superintendência da Polícia Federal, o governador afastado
José Roberto Arruda (sem partido) começa a dar sinais de
preocupação com as denúncias
que surgiram nos últimos dias,
segundo o advogado que o visita diariamente.
"Ele começa a demonstrar alguma preocupação em relação
à dinâmica dos fatos", disse
Thiago Bouza, da equipe que
defende o governador.
A rotina de Arruda passou a
incluir uma caminhada de 15
minutos dentro do prédio onde
está detido desde quinta passada. Ele é escoltado o tempo todo por agentes da PF.
Segundo Bouza, após o abatimento dos primeiros dias, Arruda tem apresentado melhora
psicológica,. "Ele parece mais
descansado, vem se recuperando a cada dia."
Ontem, o governador recebeu a visita da mulher, Flávia
Arruda. O casal ficou junto por
cerca de uma hora, durante o
período do almoço. Ela deixou
a Superintendência da Polícia
Federal chorando.
O secretário de Educação Integral, Afonso Brito, ex-professor do governador, também foi
à PF. Barrado, Brito deixou um
livro de autoajuda intitulado
"Os quatro gigantes da alma".
"Conheço o governador desde os dez anos. É impossível
que Arruda, sendo filho de pais
honestos como é, tenha prevaricado", afirmou.
Do lado de fora da superintendência, motoristas buzinavam ao passar em frente ao prédio. Alguns chamavam Arruda
de "ladrão" e o xingavam.
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