São Paulo, sexta-feira, 16 de março de 2007

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Impeachment foi uma grande farsa, diz Collor em 1º discurso no Senado

FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No primeiro discurso como senador, o ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL) deu sua versão sobre o processo de impeachment, que considerou uma "grande farsa" e uma "sucessão de afrontas ao Estado democrático de Direito".
O Senado, que cassou seus direitos políticos em 1992, praticamente o absolveu politicamente ontem. Dos 16 senadores que fizeram apartes a seu discurso, só Aloizio Mercadante (PT-SP) o contestou. Recebeu apoio, por exemplo, do presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), e do líder tucano, Arthur Virgílio (AM). Alguns fizeram mea-culpa e Romeu Tuma (PFL-SP), que foi secretário da Receita e diretor da PF no governo Collor, chorou.
Collor também chorou durante seu pronunciamento, que durou três horas e meia e foi calcado em supostos "abusos" cometidos pela CPI que investigou o esquema PC Farias e "atropelos" resultantes da falta de apoio que possuía no Congresso.
Ele finalizou dizendo que não veio "lastimar o passado", e sim para "sepultar de vez essa dolorosa lembrança". O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que foi líder de seu governo na Câmara e o primeiro político a romper com ele, também o reabilitou. "Só a democracia proporciona um espetáculo exuberante como esse. O pronunciamento de Vossa Excelência cala fundo neste Senado."


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