São Paulo, segunda-feira, 16 de março de 2009

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NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Brics vs. ricos

A agência chinesa Xinhua despachou ontem longo "comentário" de Ming Jinwei, que abre dizendo que "os ministros de finanças de Brasil, Rússia, Índia e China" cobram mais poder para os emergentes em instituições como o FMI. E alerta que "a rota mundial para a recuperação vai passar necessariamente pelos países em desenvolvimento".
Antes, destaque no "China Daily" do fim de semana, o primeiro-ministro Wen Jiabao havia questionado a insegurança dos títulos do Tesouro americano.

 

Enquanto jornais americanos voltam a destacar da reunião preparatória do G20, no sábado, as diferenças entre EUA e Europa, ingleses como o "Telegraph" já priorizam o conflito de "China, Rússia, Brasil e Índia" com EUA e Europa. Os brics cobram dos ricos "mais informações sobre suas economias". A agência inglesa Reuters também deu que o G20 "sublinha a força crescente dos emergentes" -e que, na reunião de Londres, "eles falaram numa só voz e notadamente mais elevada".

Simon Dawson/nytimes.com
Guido Mantega, sentado, à esq., e ministros do G20 no "New York Times"




"ENCONTRO DE MENTES"
drudgereport.com
No alto do Drudge Report, "Perdido na Amazônia? Obama brinca com Lula"
Do primeiro encontro de Lula e Obama, eles que se reúnem mais duas vezes nas próximas semanas, ecoou relato da Reuters -que abriu dizendo que "líderes estrangeiros esperançosos de ter uma boa química com Obama devem tomar aulas com Lula". Ele conquistou [hit it off with] o americano "com brincadeiras sobre verborragia" e até "sobre perder-se na Amazônia".
O site Politico deu no título o "maravilhoso encontro das mentes", como Obama descreveu. O Huffington Post foi mais extensivo, com enunciados cobrando "liderança" dos dois contra o aquecimento global ou afirmando que Obama "deve apostar no Brasil".
Ecoaram também seus gestos, ao passarem pelo novo playground da Casa Branca, "orgulho" de Obama. De modo geral, as reportagens seguiram o relatório do "pool" de jornalistas, que pode ser lido no site The Page, da ABC, com detalhes da descontração dos dois.

washingtontimes.com
DAÍ NADA
Fernando Rodrigues postou no UOL que "NYT" e "WP" não destacaram Lula lá, só o conservador "Washington Times" -em suma, "o Brasil é um player mais importante que há 10 anos? Pode ser. E daí? Daí nada"

CHINA ANTES
O "New York Times" noticiou o encontro, mas abrindo o texto pela resposta de Obama ao questionamento chinês dos títulos do Tesouro.
Sobre o Brasil, destacou de Obama o "maravilhoso encontro de mentes".

À BEIRA
O "Washington Post" tratou da reunião na capa, mas um dia antes e sublinhando a disputa por Sean.
Depois, publicou longa reportagem sobre as relações diplomáticas, com o secretário-assistente de Estado para a região, Thomas Shannon, descrevendo o Brasil como um país "à beira da grandeza" -e como "o tipo de parceiro que nós queremos".

ALIANÇA
A revista "Time" se perguntou em análise se "o Brasil de Lula é uma ponte para a esquerda da América Latina" -e sugeriu que sim.
O espanhol "El País" de domingo foi além e, na reportagem "Nasce a aliança Obama-Lula", saudou do encontro o "novo modelo de relações no continente americano".

"BYE, BYE, MÉXICO"
No "Miami Herald", o colunista conservador Andres Oppenheimer afirmou que, "De propósito ou por ausência, o Brasil emerge como líder". O texto abre com a frase "Bye, bye, México" e diz que, com o encontro, "o Brasil se torna o porta-voz de fato da América Latina nos EUA".

globalpost.com
LINGERIE SEM CRISE
O correspondente Seth Kugel, escrevendo de Juruaia (MG) para Global Post e Huffington Post, relata que a indústria de lingerie "mantém a cidade à tona durante a crise", com 141 fábricas


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