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A 18 meses da eleição municipal, o Rio de Janeiro assistiu ontem, com a filiação ao PMDB de Sérgio Cabral Filho, presidente da Alerj (Assembléia Legislativa do Estado do Rio), ao início da disputa pela sucessão do prefeito Luiz Paulo Conde (PFL).
Entre pré-candidaturas assumidas ou ventiladas -para valer ou apenas marcar posição-, há os nomes do ex-governador Leonel Brizola (PDT), da vice-governadora Benedita da Silva (PT), de Conde e o de Cabral Filho.
No PSDB, o ex-vice-governador Luiz Paulo Corrêa da Rocha e o deputado federal Ronaldo César Coelho despontam como favoritos para obter a candidatura.
Dois dos recentes grandes imbróglios políticos no Rio foram causados pela disputa por espaço entre pré-candidatos.
Após troca de acusações envolvendo enriquecimento ilícito com o então governador Marcello Alencar, no fim do ano, Cabral Filho deixou o PSDB. Allencar diz não estar interessado em se candidatar.
No PMDB, para onde se transferiu com 12 colegas da Alerj, Cabral Filho entra na disputa com o cacife de ter sido o deputado estadual mais votado do país em 1998 e ter obtido o segundo lugar na corrida para a prefeitura em 1996.
Outro atrito ocorreu no PFL, no qual a cúpula nacional teve que intervir na formação do Diretório Regional para tentar resolver um desentendimento entre Conde e seu antecessor, Cesar Maia.
Este ficou descontente com a solução, não reconhece a legitimidade do diretório e não deve obter a legenda.
O governador Anthony Garotinho prometeu apoio a Benedita da Silva, mas talvez não precise honrar a promessa, já que ela não conta com o apoio do diretório regional do PT. Isso liberaria o PDT para lançar candidato próprio. Brizola deixa que seu nome seja cogitado. A Folha apurou que essa ameaça vale mais para lhe dar peso na escolha do candidato. Benedita já o procurou para conversar. (LAR)


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