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MILITÂNCIA
PT prevê gastar R$ 15,5 mi com preparação para as eleições de 2004
Petistas no poder repassam R$ 15 milhões ao partido
PLÍNIO FRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL
O PT nacional arrecadará neste
ano R$ 15,012 milhões em contribuições obrigatórias de militantes
que exercem cargos públicos, eleitos ou comissionados. Esse dinheiro representa 34,3% do orçamento petista previsto para 2003,
de R$ 43,730 milhões.
As diretrizes orçamentárias do
partido, aprovadas anteontem
pela Executiva Nacional, prevêem
um gasto, neste ano, de R$ 15,544
milhões com os preparativos para
as eleições municipais de 2004,
sendo que R$ 4,544 milhões no
pagamento de pesquisas eleitorais e programas televisivos a que
o partido tem direito.
Esse volume de recursos atinge
37% dos R$ 12,3 milhões gastos
nesse segmento na campanha vitoriosa de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência no ano passado,
que custou R$ 33,7 milhões, conforme o declarado no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE).
O PT pretende realizar pesquisas de opinião em 150 cidades
prioritárias, na "construção de indicadores de desempenho e detecção das principais dificuldades
das administrações do partido",
segundo o documento "Planejamento das Ações Nacionais do
PT", aprovado anteontem.
O reforço do caixa petista -o
orçamento tem um aumento de
145% em relação aos R$ 20 milhões de 2002- ocorre em razão
do último desempenho eleitoral e
o consequente aumento de cargos
públicos ocupados pelos militantes e a maior participação no Fundo Partidário. Compõem o fundo,
neste ano, R$ 120,282 milhões de
recursos públicos divididos pelo
TSE entre os partidos proporcionalmente ao peso eleitoral.
Para dimensionar o salto financeiro do PT, em 1998, seu orçamento equivalia a quase R$ 6 milhões e o partido arrecadou em todo o país, em doações de campanha daquele ano, cerca de R$ 17,8
milhões, em valores corrigidos.
O total de gastos de R$ 43,730
milhões previsto para 2003 representa 47% dos R$ 92,8 mi arrecadados nacionalmente em doações
para todos os cargos em disputa
no ano passado, a mais rica campanha da história petista.
Apesar de todos os grandes partidos cobrarem um percentual de
contribuição de militantes em
cargos públicos, o PT é o que se
apossa dos maiores índices.
Para quem obteve cargo eletivo
pelo PT - atualmente, o presidente da República, 14 senadores,
91 deputados federais, 3 governadores, 146 deputados estaduais,
187 prefeitos e 2.485 vereadores-
os descontos vão de 5% (salários
de até R$ 1.200) a 20% (salários
acima de R$ 4.800).
Para quem ocupa cargo de confiança, passível de exoneração -
como os 21 ministros de Estado
petistas e secretários estaduais e
municipais-, os percentuais vão
de 2% a 10%.
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