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outro lado
Gabrielli nega objetivo político e ataca Geddel
DO PAINEL
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente da Petrobras,
José Sérgio Gabrielli, negou
ontem o suposto uso político
no patrocínio da estatal a festas
de São João na Bahia e acusou o
ministro Geddel Vieira Lima
(Integração Nacional), adversário de seu grupo político na
Bahia, de articular uma "ação"
contra ele e a empresa.
Sobre a possibilidade de o patrocínio alavancar uma eventual candidatura sua ao Senado,
Gabrielli disse: "Não é verdade.
É fruto de uma ação política do
senhor Geddel Vieira Lima".
Na Bahia, Geddel é opositor
do governador Jaques Wagner
(PT), de quem Gabrielli, baiano
e ex-candidato ao governo do
Estado, é aliado.
A Petrobras afirma que sua
relação com a ONG Aanor é
contratual, e que o montante
transferido se refere a "patrocínio a um projeto apresentado
pela associação e aprovado pela
companhia". Diz ainda que a
organização do São João, festa
tradicional no Nordeste, é responsabilidade das prefeituras.
A contrapartida do patrocínio seria a exposição da logomarca da Petrobras nas festas,
"com grande concentração de
público". A empresa diz também que a contratação da ONG
facilitou a fiscalização das
ações realizadas. "Foi celebrado um contrato com a instituição, ao invés de 26 [com as prefeituras]. A instituição acompanhou todas as etapas de realização do evento em cada cidade."
Sobre o assessor Rosemberg
Pinto, a empresa afirma que,
"desde julho de 2008, ele não
atua na área responsável por
patrocínios e não exerce suas
atividades profissionais na Bahia", contrariando relatos de
prefeitos que dizem ter sido
abordados por Rosemberg a
respeito do próximo São João.
O PT da Bahia divulgou nota
na qual afirma que "não designou nenhuma pessoa para intermediar quaisquer interesses
que lhe são afetos" e que "ninguém mais apurou e puniu
agentes públicos envolvidos
em irregularidades ou improbidades do que o governo Lula".
"Especulações envolvendo a
empresa e seus dirigentes filiados ao PT configuram tentativa
de macular o PT", diz o texto.
O deputado estadual Paulo
Rangel diz que sua assessora
Adelnira de Sena assumiu o comando da ONG há pouco tempo e que, se há indício de irregularidade, deve ser apurada.
"Se é dado título de utilidade
pública a uma instituição e ela
faz alguma coisa errada, deve
ser responsabilizada", disse.
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