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Para Marina, tucano
e petista devem evitar usar "política do medo'
Para pré-candidata, rivais assustam eleitores com ameaças de retrocesso em caso de vitória adversária
BERNARDO MELLO FRANCO
ENVIADO ESPECIAL A SOROCABA E ITU (SP)
Numa referência às estratégias eleitorais de PT e PSDB, a
pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, disse ontem que é preciso resistir ao
uso da "política do medo" na
eleição. Ela sugeriu que as campanhas da petista Dilma Rousseff e do tucano José Serra tentam assustar os eleitores com
ameaças de retrocesso em caso
de vitória do grupo adversário.
"Não adianta dizerem: "Cuidado com os entreguistas", e, do
outro lado, "Cuidado com aqueles que querem dividir o Brasil
entre ricos e pobres". Nós não
precisamos da política do medo", disse, em visita a Sorocaba.
A senadora evocou slogan de
Lula na eleição à Presidência
em 2002 para criticar os rivais
que lideram as pesquisas.
"Dissemos que a esperança
venceu o medo. Em pleno século 21, querem reeditar o medo.
Fico preocupada quando ouço
essa história", disse.
O mote "A esperança vai vencer o medo" foi criado pelo publicitário Duda Mendonça no
segundo turno de 2002. Serviu
de resposta à atriz Regina
Duarte, que afirmou, no programa eleitoral de Serra, ter
medo de uma vitória de Lula.
Alvo de polêmica com um
aliado gay em Minas, Marina
avisou que não erguerá a bandeira arco-íris que ganhou de
presente. Alegou ter a mesma
conduta com o MST, do qual se
diz aliada: "Não vou levantar a
bandeira, assim como não faço
com os demais [movimentos]".
De Sorocaba, Marina seguiu
para Itu no carro oficial do prefeito Herculano Junior (PV).
Depois, participou de reunião
partidária em um sítio dele. O
ato ocorreu em horário de expediente e teve a presença de
vários servidores.
Herculano negou uso da máquina pública: "Usei o carro oficial para levá-la até a prefeitura. Não vejo problema algum".
A assessoria da senadora repetiu a versão. Após serem fotografados, eles passaram a circular em veículo particular.
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