DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A oposição tentou ontem cumprir acordo firmado com o governo e retomar as sabatinas de 13 embaixadores indicados para ocupar postos no exterior, mas um pedido de vista do senador Fernando Collor (PTB-AL), integrante da base aliada, impediu a análise da nomeação da representante em Angola.
Oposicionistas, com apoio de Collor, paralisaram as sabatinas em março, condicionando a retomada à ida ao Senado do ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) para esclarecer a condução da política externa, principalmente o apoio a ditaduras e à política nuclear do Irã.
Como o ministro participou de audiência na Casa no dia 6, o presidente da CRE (Comissão de Relações Exteriores), senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), colocou duas sabatinas na pauta de ontem da comissão.
Só foi aprovado o nome de Maria Elisa de Bittencourt Berenguer, indicada para Israel. A sabatina da embaixadora nomeada para Angola, Ana Lucy Gentil Cabral Petersen, não pôde ser concluída devido ao pedido de vista. Collor, que não participou da audiência com Amorim, chegou atrasado à sessão de ontem. Somente apresentou o pedido e deixou a comissão.
Segundo a Folha apurou, a resistência de Collor à indicação de Ana Lucy, que é chefe de gabinete do Secretaria-Geral das Relações Exteriores, é recado a Amorim.
Ele estaria insatisfeito por não ter emplacado o diplomata Marcos Coimbra como embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação. A Folha ligou várias vezes para o celular de Collor, que estava desligado. (NOELI MENEZES)



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