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Saiba por que a votação é secreta
da Sucursal de Brasília
A Constituição, em seu artigo 55
(parágrafo 2º), determina votação
secreta para os processos de cassação de mandato parlamentar, mas
não faz referência à necessidade de
a sessão ser também secreta (fechada ao público).
Em 1989, o regimento interno da
Câmara, aprovado pelos deputados para adaptar as normas de
funcionamento da Casa à Constituição que acabara de ser aprovada, determinou que as sessões de
cassação também fossem secretas,
assim como as votações.
Motivados pela CPI (Comissão
Parlamentar de Inquérito) que
apurou irregularidades no Orçamento da União cometidas por
parlamentares, os deputados mudaram as regras internas.
Em 3 de fevereiro de 1994, mês
seguinte à aprovação do relatório
final da CPI, a Câmara aprovou a
resolução nº 57, retirando a votação de cassação da lista de assuntos sujeitos à sessão secreta.
Para um deputado ser cassado é
preciso primeiro que a Comissão
de Constituição e Justiça (CCJ)
aprove a medida, depois de notificar o parlamentar para que apresente defesa, realizar investigações
e tomar depoimentos. Nessa etapa, a aprovação é por maioria simples, desde que presentes no mínimo 26 dos 51 componentes da
CCJ.
A decisão então é encaminhada
ao plenário, onde necessita de ao
menos 257 votos dos 513 deputados existentes.
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