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OUTRO LADO
Economista diz desconhecer caso
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O economista Ricardo Sérgio
de Oliveira disse ontem que não
tem informações sobre o caso,
mas mantém sua confiança em
seus ex-sócios na corretora RMC,
acusada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de lesar o
fundo de pensão da Embrapa
(Ceres).
"Não sou sócio da RMC desde o
ano passado e mesmo durante o
período da sociedade me mantive
à distância da gestão do negócio.
Portanto, não tenho informações
sobre o assunto, mas registro que
tenho total confiança na conduta
de meus ex-sócios", disse Ricardo
Sérgio de Oliveira, por meio de
um assessor.
O presidente da Ceres, Luiz Gomes de Souza, disse não ter condições de comentar as operações
que causaram prejuízos ao fundo
de pensão por desconhecer o teor
da investigação.
"Soubemos disso porque nos
enviaram alguns questionários.
Respondemos às perguntas, depois solicitamos esclarecimentos,
mas nada nos informaram", disse
Souza.
"Não temos como tomar providências porque não sabemos do
que se trata", afirmou o presidente da Ceres, que tomou posse em
dezembro de 1999, quando toda a
diretoria do fundo de pensão foi
renovada.
Procurada pela reportagem, a
corretora RMC informou que
pretende dar hoje explicações sobre sua atuação em investimentos
da Ceres.
A assessoria de imprensa da
corretora falará pela RMC e pelos
dirigentes e funcionários citados
no relatório da CVM.
Riscos
Preliminarmente, contudo, a assessoria da corretora afirmou que
as operações consideradas irregulares pela comissão de inquérito
da CVM já foram explicadas, em
detalhes, ao órgão regulador.
Segundo a assessoria, ao se oferecer para comprar ações por um
preço mais alto da Ceres, a corretora assumiu riscos e, por outro
lado, aumentou as chances de
multiplicar seus ganhos. E foi isso
o que ocorreu.
"A RMC esclarece que se trata
de operações de financiamento de
opções por parte da Ceres. No caso específico, o financiamento e a
reversão proporcionaram à Ceres
uma taxa de 200% sobre o CDI da
época", informou a assessoria da
corretora.
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