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RUMO ÀS ELEIÇÕES
Pré-candidato minimiza importância de pesquisas, mas afirma que "boato" é reação a seu crescimento
Ciro diz que aliança do PPS com Collor é "boataria política"
LUCIO VAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
PATRICIA ZORZAN
DA REPORTAGEM LOCAL
O pré-candidato do PPS à Presidência, Ciro Gomes, negou ontem a possibilidade de aliança
com o ex-presidente Fernando
Collor de Mello em Alagoas.
"Veja como se faz a fraude.
Quando você começa a crescer
nas pesquisas, vem esta boataria
política. Isso saiu da central de
boatos montada pelo esquema de
propaganda do candidato oficial
[referência ao pré-candidato tucano José Serra"", disse Ciro.
O pré-candidato do PPS disse
que falar de um acordo entre ele e
Collor "seria como se dissessem
que o Serra está fazendo acordo
com o ex-senador Jader Barbalho
(PA) porque está negociando o
apoio do PMDB".
A direção do PPS de Alagoas divulgou nota oficial ontem afirmando que em nenhum momento cogitou a possibilidade de fazer
aliança política com Collor. "O
PPS alagoano não pretende desconhecer que há fortes razões políticas que tornam impraticável
uma aliança com o ex-presidente", diz a nota.
Ciro também procurou minimizar a importância dos resultados da pesquisa Datafolha divulgada ontem. "Uma pesquisa a tal
distância das eleições é mais um
sinal da notoriedade dos candidatos do que uma escolha reflexiva
do eleitor, que sai de casa de madrugada mais preocupado com a
violência urbana, com as epidemias, do que com nomes de candidatos."
Questionado sobre o crescimento de Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), ironizou: "Tudo que sobe,
desce. Além disso, sou o único
candidato que não teve a chance
de apresentar o seu programa de
governo. Quando apresentar a
minha proposta, vou crescer".
Convenções
Como parte de uma estratégia
para conquistar o maior colégio
eleitoral do país, as convenções
nacionais dos partidos que
apóiam a pré-candidatura de Ciro
serão realizadas em Pindamonhangaba, cidade natal do ex-ministro, no Estado de São Paulo.
Com isso, o comando de campanha de Ciro pretende chamar a
atenção do eleitorado para o fato
de que o ex-ministro, comumente
identificado com o Ceará, Estado
em que ocupou cargos de prefeito
e de governador, é paulista.
A idéia surgiu durante reunião
do comando político da campanha do ex-ministro realizada anteontem, em Brasília.
Pesquisas qualitativas contratadas pela Frente Trabalhista
-PPS, PDT e PTB- demonstraram que o eleitor é surpreendido
pela informação de que o pré-candidato nasceu no interior do
Estado, onde viveu até os quatro
anos de idade.
O município, administrado por
um prefeito do PSDB, é também a
cidade natal do governador tucano Geraldo Alckmin.
Colaborou a Agência Folha
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