São Paulo, quarta-feira, 16 de maio de 2007 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Greve remunerada para o servidor são férias, diz Lula
Na 1ª entrevista coletiva formal neste mandato, presidente critica paralisação no Ibama
O presidente respondeu a
questões dos jornais Folha, "O
Estado de S. Paulo", "O Globo",
"Jornal do Brasil", "Correio
Braziliense" e "Valor Econômico", das TVs Globo, Record,
SBT, Bandeirantes, Rede TV! e
TVJB e da rádio Jovem Pan, da
AFP (Agência France Presse) e
da revista "Carta Capital".
GREVE MARTHA CORREA (TVJB) - Sobre o anteprojeto de greve de servidores: como se sente ao enviar um pacote que endurece regras a sindicalistas? LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA - Talvez eu me sinta à vontade exatamente porque fui dirigente sindical e exatamente porque fiz parte das greves mais importantes que aconteceram neste país no final da década de 70 e no começo de década de 80. Quando um trabalhador faz uma greve num comércio ou numa fábrica ele está tentando causar um prejuízo econômico ao patrão, para que o patrão possa ceder às suas reivindicações e, aí, ele voltar a trabalhar. No caso do servidor público não tem patrão. O prejudicado, na verdade, não é o governo, é o povo brasileiro. O que não é possível, e nenhum brasileiro pode aceitar, é alguém fazer 90 dias de greve e receber os dias parados, porque, aí, deixa de ser greve e passa a ser férias. IBAMA LUCIANA VERDOLIN (RÁDIO JOVEM PAN) - Há uma discussão entre os ministérios de que precisam sair logo as licenças ambientais para a hidrelétrica do rio Madeira para não haver falta de energia. Não é uma forma de pressionar o Ibama? LULA - Por que o Ibama está em greve? Houve redução do salário do Ibama? Alguém foi mandado embora? Não. Apenas porque a ministra deu um sinal de que, depois de tantos anos de existência do Ibama, era preciso que houvesse uma modernização. Eu compreendo que as pessoas e todos nós temos medo de mudanças. Eu lembro que quando Oswaldo Cruz criou o remédio para combater a febre amarela, no Rio, queriam linchá-lo. Vocês estão lembrados que, na entrevista do PAC, a ministra Dilma falou da hidrelétrica de Estreito, que tinha um problema. Já não tem mais problema. A mesma coisa, a hidrelétrica do rio Madeira. Eu posso te dizer que o Brasil não terá apagão e que iremos fazer o que temos que fazer neste país para ter energia. Leia a íntegra da entrevista coletiva de Lula Texto Anterior: Painel Próximo Texto: Declaração do presidente foi infeliz, diz CUT Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |