São Paulo, sábado, 16 de maio de 2009

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Dilma diz estar "muito bem" após sessão de quimioterapia

Ministra repete que não vai divulgar data de tratamento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Na primeira aparição depois de realizar a segunda sessão de quimioterapia para combater um linfoma, câncer que afeta o sistema linfático, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) disse ontem, em entrevista na base aérea de Brasília, estar se sentindo muito bem.
"Olha, eu, eu... eu não tenho outro jeito de falar o seguinte, hoje eu estou muito bem, vocês podem ver, eu estou me sentindo bem, não tenho enjoo, não tenho nenhum cansaço. Então, a minha químio saiu muito bem, obrigada", disse ela.
Dilma se submeteu à sessão anteontem no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Em 25 de abril, ela anunciou a retirada de nódulo de 2,5 centímetros da axila esquerda. O tratamento, considerado preventivo, deverá durar quatro meses. Segundo os médicos, as chances de cura são superiores a 90%.
Pessoas próximas à ministra afirmam que ela está usando peruca desde o final da semana passada. A perda de cabelo costuma ser um dos efeitos colaterais do tratamento. A assessoria da Casa Civil afirma que não comentará nenhum detalhe do tratamento da ministra.
As chances de a ministra já apresentar queda de cabelo nesta altura do tratamento quimioterápico são de mais de 90%, avalia o oncologista Sergio Simon, do Hospital Israelita Albert Einstein. "Nesse esquema de linfoma, praticamente todos perdem cabelo", afirma.
Dois dos cinco remédios -a ciclofosfamida e adramicina- que compõem o coquetel quimioterápico usado por Dilma são os principais responsáveis pela queda de cabelo.
"Normalmente, as pessoas preferem raspar a cabeça", diz Simon. Foi o que fez a atriz Patrícia Pillar, que se tratou de um câncer de mama em 2002.
Segundo o médico, a queda de cabelo começa a partir do sétimo dia do primeiro ciclo quimioterápico. Dilma fez a primeira sessão no dia 20 de abril, cinco dias antes de anunciar publicamente, em entrevista, a descoberta do linfoma.
O processo de crescimento do cabelo após a queda começa, em geral, três semanas depois de encerrado o tratamento.
A ministra disse que não irá antecipar e divulgar as datas das próximas sessões. "Peço até a compreensão de vocês. Por quê? Porque é um momento de tratamento. A divulgação a gente faz a posteriori. Fiz, encerrei, estou aqui. Agora, antecipação? Eu peço a atenção de vocês porque é um momento muito particular. Não é trivial. Vai que eu não me sinta bem. Eu me senti ultrabem, parece que eu não fiz."


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