|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Dilma diz estar "muito bem" após sessão de quimioterapia
Ministra repete que não vai
divulgar data de tratamento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
Na primeira aparição depois
de realizar a segunda sessão de
quimioterapia para combater
um linfoma, câncer que afeta o
sistema linfático, a ministra
Dilma Rousseff (Casa Civil)
disse ontem, em entrevista na
base aérea de Brasília, estar se
sentindo muito bem.
"Olha, eu, eu... eu não tenho
outro jeito de falar o seguinte,
hoje eu estou muito bem, vocês
podem ver, eu estou me sentindo bem, não tenho enjoo, não
tenho nenhum cansaço. Então,
a minha químio saiu muito
bem, obrigada", disse ela.
Dilma se submeteu à sessão
anteontem no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Em 25
de abril, ela anunciou a retirada
de nódulo de 2,5 centímetros
da axila esquerda. O tratamento, considerado preventivo, deverá durar quatro meses. Segundo os médicos, as chances
de cura são superiores a 90%.
Pessoas próximas à ministra
afirmam que ela está usando
peruca desde o final da semana
passada. A perda de cabelo costuma ser um dos efeitos colaterais do tratamento. A assessoria da Casa Civil afirma que não
comentará nenhum detalhe do
tratamento da ministra.
As chances de a ministra já
apresentar queda de cabelo
nesta altura do tratamento quimioterápico são de mais de
90%, avalia o oncologista Sergio Simon, do Hospital Israelita
Albert Einstein. "Nesse esquema de linfoma, praticamente
todos perdem cabelo", afirma.
Dois dos cinco remédios -a
ciclofosfamida e adramicina-
que compõem o coquetel quimioterápico usado por Dilma
são os principais responsáveis
pela queda de cabelo.
"Normalmente, as pessoas
preferem raspar a cabeça", diz
Simon. Foi o que fez a atriz Patrícia Pillar, que se tratou de
um câncer de mama em 2002.
Segundo o médico, a queda
de cabelo começa a partir do sétimo dia do primeiro ciclo quimioterápico. Dilma fez a primeira sessão no dia 20 de abril,
cinco dias antes de anunciar
publicamente, em entrevista, a
descoberta do linfoma.
O processo de crescimento
do cabelo após a queda começa,
em geral, três semanas depois
de encerrado o tratamento.
A ministra disse que não irá
antecipar e divulgar as datas
das próximas sessões. "Peço até
a compreensão de vocês. Por
quê? Porque é um momento de
tratamento. A divulgação a
gente faz a posteriori. Fiz, encerrei, estou aqui. Agora, antecipação? Eu peço a atenção de
vocês porque é um momento
muito particular. Não é trivial.
Vai que eu não me sinta bem.
Eu me senti ultrabem, parece
que eu não fiz."
Texto Anterior: Tucanos não podem negar "avanços" de Lula, diz Aécio Próximo Texto: Acusação contra Yeda faz parte de guerra política, diz advogado Índice
|