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CÂMARA
STF nega pedido de Moraes para reaver cargo de relator
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia negou ontem o
pedido do deputado Sérgio
Moraes (PTB-RS) para tentar reaver o cargo de relator
do processo contra seu colega Edmar Moreira (sem partido-MG) no Conselho de
Ética da Câmara.
Moraes foi destituído do
posto após dizer que estava
"se lixando" para a opinião
pública e de dar indicativos
de que pretendia absolver
Edmar. Em sessão na última
quarta-feira, o presidente do
Conselho, deputado José
Carlos Araújo (PR-BA),
substituiu Moraes pelo deputado petista Nazareno
Fonteles (PI).
O líder do PTB na Câmara,
deputado Jovair Arantes
(GO), disse que deve entrar
na próxima semana com um
recurso na CCJ (Comissão
de Constituição e Justiça) da
Casa contra a substituição.
Segundo a ministra Cármen Lúcia, não cabe ao Supremo julgar o caso, que, diz
ela, se resume a um ato interno da Câmara, "imune ao
controle jurisdicional". "A
espécie em pauta não se enquadra entre as hipóteses de
atos parlamentares sujeitos
ao controle jurisdicional",
disse, em sua decisão.
Para a ministra, o próprio
deputado afirma em seu pedido que se refere a uma
"afronta a normas regimentais", o que deve se restringir
ao "espaço exclusivamente
político e autonômico da Câmara dos Deputados".
Cármen Lúcia também
afirmou que o deputado não
demonstrou ao Supremo nenhum "fundamento constitucional" que lhe garanta a
permanência na relatoria.
Edmar, conhecido por ser
dono de um castelo, é investigado por uso irregular da
verba indenizatória.
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