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TODA MÍDIA
Nelson de Sá
Kerry e o Brasil
Andres Oppenheimer, do
"Miami Herald" e da CNN
em espanhol, ouviu John Kerry
sobre a América Latina.
O presidenciável democrata
ainda não delineou sua política
para a região, mas disse que vai
"dar muito mais atenção do que o
presidente Bush".
Vai mesmo ou é só para ganhar
votos hispânicos em outubro?,
perguntou-se Oppenheimer.
Uma declaração de Kerry, que se
concentrou todo em Bush:
- Eu nunca vi administração
menos focada, menos envolvida,
menos diretamente proativa em
relação à região. Quero dizer, o
desengajamento é incrível.
Mais Kerry contra Bush:
- Em se tratando de Argentina
ou Brasil ou a crise venezuelana, a
administração não é respeitada
nos círculos profissionais como
tendo uma política séria.
O que não quer dizer que Kerry
vá ter, se eleito. Oppenheimer cita
alguns "testes reais":
- Se ele escolher um vice com
ligações fortes com a comunidade
hispânica ou a América Latina,
como Bill Richardson.
- Se ele propuser um acordo
especial, no qual os países da
América do Sul seriam imunes às
pressões protecionistas de seus
apoiadores nos sindicatos.
- Se propuser elevar a função
do enviado dos EUA à América
Latina ao nível ministerial.
Do contrário, diz Oppenheimer,
serão "palabras al viento".
Kenneth Maxwell, brasilianista,
também falou de Kerry e o Brasil,
em entrevista a Pedro Doria, do
site Nomínimo. Maxwell:
- As pessoas reclamam que os
EUA não dão atenção à América
Latina, o que é verdade, mas há
uma vantagem: o Brasil tem tido
espaço para agir de formas muito
inovadoras no cenário mundial.
O caso do algodão foi importante.
E houve o acordo relacionado à
laranja. O Brasil não costumava
conseguir essas vitórias. São parte
do aumento da importância do
país como ator internacional.
Segundo Maxwell, "esse grupo
que Celso Amorim organizou é
eficiente. É um novo fenômeno, o
de países em desenvolvimento
agindo em conjunto". À pergunta
sobre qual é melhor para o Brasil,
Kerry ou Bush, disse:
- Não sei se haverá diferença.
Bush se mostrou um presidente
vinculado a interesses de grandes
empresas. Kerry não será muito
diferente. Principalmente se vier a
vencer com apoio de Pensilvânia
e Iowa, onde sindicatos são fortes,
ele será um protecionista.
GRANDES LICITAÇÕES
www.ibm.com.br/Reprodução
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A Microsoft Brasil questionou o governo brasileiro por
privilegiar o software grátis Linux, dias atrás. Anteontem,
em reportagens do "Wall
Street Journal" e do "New
York Times", a IBM, pelo
contrário, anunciou um
"grande programa no Brasil
para a venda de sistemas
baseados em Linux". A
IBM, que já tem entre seus
clientes a Casas Bahia, vai
atrás de "grandes bancos e entidades governamentais". É o
primeiro passo de um amplo esforço que visa mercados
emergentes, "incluindo China, Índia e Rússia".
E ontem a "Gazeta Mercantil" deu que há "expectativa",
no setor, "de grandes licitações do governo federal para
equipamentos e softwares" no segundo semestre, em áreas
como Previdência Social e Correios.
O trem anda
A conversa da locomotiva está
de volta. Da manchete do UOL,
com dados do IBGE:
- São Paulo puxa crescimento
da produção industrial no país.
E o detalhe, na Globo On Line,
de que "o Rio foi o único a ter um
desempenho negativo".
Em campanha
O secretário-geral da ONU, Kofi
Annan, foi parar num CEU, a
marca eleitoral de Marta Suplicy,
como se viu na Record, na Band.
Mas Lula fez mais, declarando, no
registro da Globo On Line:
- Aqui em São Paulo estamos
vencendo com trabalho e com
perseverança o desafio de dar a
todos condições dignas de vida. A
cidade recuperou a auto-estima.
E por aí foi, ao lado de Marta.
"Lula lá"
Segundo "O Globo", Fernando
Collor fez uma palestra sobre
"marketing político" para 1.500
pessoas, em Natal (RN).
Disse que, na campanha de 89,
muitas vezes se pegou "cantando
o jingle de Lula no banho".
Promessas
O Jornal da Band vem cobrindo
uma outra campanha eleitoral, na
Fiesp. O tom é semelhante, com
perguntas como "o que faria para
criar emprego". E os candidatos
"prometem criar empregos".
R$ 1 bi
A Globo já cobre o "buzz", mas
a "Gazeta Mercantil" vê outro
destaque na São Paulo Fashion
Week, que começa hoje.
As vendas devem chegar a R$ 1
bilhão. Estão sendo esperados até
"20 compradores estrangeiros,
representantes de empresas de
Mônaco, Dubai, Austrália".
Soja, o pânico
Dissemina-se o pânico, no caso
da soja contaminada.
O ministro Roberto Rodrigues
anunciou e adiou, na Globo, uma
viagem de técnicos à China.
O governador do Rio Grande do
Sul saiu declarando ao "Correio
do Povo" e ao "Zero Hora" que
também vai para a China.
Até o ministro Luiz Furlan saiu
a campo, na Globo News, para
tentar acalmar os temores.
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