São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 2008

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outro lado

Petista diz que agiu em prol de fundos estatais

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado José Eduardo Cardozo diz que entrou com a representação no Ministério Público Federal única e exclusivamente em defesa do interesse público. Mais especificamente, em prol dos fundos de pensão estatais, acionistas da Brasil Telecom.
"Tive informação de que os fundos foram lesados. Havendo indicadores de que o dinheiro público havia sido malversado, eu tinha o dever de representar", disse.
Ele afirmou que, primeiro, recebeu a denúncia do prejuízo aos fundos de forma anônima. Mas admite hoje saber que sempre foi ajudado pelos dirigentes da BrT durante a gestão do Opportunity. Cardozo contou que, ao longo do procedimento, os advogados da BrT passaram a ele, "várias vezes", documentos e informações.
Ele reconheceu que conversou com o então diretor jurídico da BrT, Sami Arap Sobrinho. "Eu conversei inclusive, à época, com o diretor do jurídico da BrT, que obviamente tinha interesse... no questionamento judicial dessa transação", disse.
Questionado por que, então, os fundos de pensão declararam ao Ministério Público que não tiveram prejuízo com a compra da CRT, o deputado responde: "Achei muito estranho, inclusive recorri disso." Após o procedimento cível ter sido arquivado, por conta dos depoimentos dos dirigentes dos fundos, Cardozo recorreu na esfera administrativa, mas a Procuradoria da República manteve o arquivamento.
Afirmou que nunca conversou ou recebeu qualquer ajuda do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, nesse caso. Kakay disse à Folha que nunca conversou sobre o assunto com Cardozo, apesar de conhecer o deputado. Também afirmou que não tratou do assunto com Daniel Dantas.


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