São Paulo, sexta-feira, 16 de agosto de 2002

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OSWALDO GIACOIA JR.

"Taxar lucros de bancos não é decisão unilateral"

DA REPORTAGEM LOCAL

O professor de filosofia da Universidade de Campinas Oswaldo Giacoia Jr., 48, criticou as propostas de Anthony Garotinho. Mas o fez no contexto da própria campanha pela sucessão.
"Todo o debate em torno da sucessão de Fernando Henrique pode se colocar no mesmo horizonte: a dificuldade invencível de conciliar a idéia de um projeto nacional de desenvolvimento que esteja fundado em noções como soberania do Brasil com uma conjuntura econômica que está inteiramente dominada pela internacionalização dos mercados. A questão é a contradição entre a base econômica de sustentação e um projeto político nacional."
Segundo Giacoia Jr., isso faz com que tanto os candidatos de oposição quanto o do governo, Garotinho entre eles, "batalhem de maneira obstinada para se distanciar fundamentalmente do que foi feito no governo Fernando Henrique. Mas, do ponto de vista da prática concreta, eles têm muito poucas alternativas viáveis."
Para Giacoia Jr., "Garotinho formulou uma única alternativa: a taxação dos lucros dos bancos, como se isso dependesse de uma deliberação unilateral".


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