São Paulo, segunda-feira, 16 de agosto de 2004

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SOB PRESSÃO

Senadores esperam por Meirelles

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Deixada de lado devido à guerra política na CPI do Banestado, a cobrança de explicações dos presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco do Brasil, Cássio Casseb, ressurge nesta semana no Senado.
Como o governo desejava, no entanto, as acusações de evasão de divisas e sonegação fiscal perderam a força depois de outras polêmicas, como a própria CPI, a proposta de criação do Conselho Federal de Jornalismo, e um decreto proibindo funcionários públicos de passarem informações para a imprensa.
"Não podemos concordar que, depois da aprovação de requerimentos [de convite a Meirelles e Casseb], o governo faça cara de paisagem", afirmou o líder do PFL, senador José Agripino (RN).
Nem Meirelles nem Casseb deram resposta aos convites para a participação em audiências públicas aprovados na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) e na CFC (Comissão de Fiscalização e Controle).

Representação
O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), deve apresentar hoje uma representação no Conselho de Ética do Senado pedindo a investigação de suposta extorsão de executivos do mercado financeiro por emissários de parlamentares que integram a CPI do Banestado, ou pessoas que dizem representar esses parlamentares.
Virgílio também pedirá providências à Câmara dos Deputados, já que a composição desta comissão é mista.
Para Virgílio, os chantageados devem denunciar a pressão que estariam sofrendo para dar um fim ao caso. "O chantageado, mesmo quando tem o que temer, tem que dizer porque já está perdido mesmo. O chantageador é o tipo de pessoa que dá a foto mas fica com o original", afirmou o senador.


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