|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ESCÂNDALO DO "MENSALÃO"/ CPI DOS CORREIOS
Comissão faz lista de deputados que devem apresentar defesa por escrito; relatório menciona Dirceu e deixa Azeredo de fora
Dezoito ameaçados de cassação devem ser citados hoje pela CPI
FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Dezoito deputados citados na
CPI dos Correios devem ser notificados hoje para que apresentem
suas defesas por escrito. A comissão elabora um relatório que recomenda a cassação de parlamentares ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
O ex-ministro José Dirceu (Casa
Civil) será notificado para que se
explique sobre as acusações de
quebra de decoro. Já o presidente
do PSDB, senador Eduardo Azeredo (MG), não deve ser incluído
no relatório da comissão.
Outra lista que está sendo elaborada é a de parlamentares -contra os quais haveria apenas indícios- que serão investigados pela CPI do Mensalão.
Azeredo não deve constar em
nenhuma das listas. Ele é acusado
de receber dinheiro de caixa dois
do publicitário Marcos Valério de
Souza para distribuir a deputados
de sua coligação, em 1998, durante sua campanha de reeleição ao
governo de Minas Gerais. O senador disse que não sabia do fato e
colocou a responsabilidade no tesoureiro Cláudio Mourão.
"Ele não está na lista de saques
do Banco Rural. É um episódio
anterior, o que não quer dizer que
não será investigado. Não vamos
poupar ninguém, mas também
não vamos escrachar ninguém",
disse o relator da CPI, deputado
Osmar Serraglio (PMDB-PR).
"Irrelevante"
Já o ex-ministro não deve ser
poupado. "O fato de estar ou não
no Conselho de Ética é irrelevante", disse o relator. Dirceu é acusado de ser o mentor do chamado
"mensalão", a suposta compra de
apoio parlamentar pelo governo.
O relatório parcial da CPI deve
ser assinado por partidos, para
que seja encaminhado diretamente para o Conselho de Ética,
sem que seja necessário passar pelo presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE).
Texto Anterior: TSE quer fiscais nas empresas para inibir caixa 2 Próximo Texto: Ex-ministro recebe prazo para se defender Índice
|