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ACIDENTE DE CAMPANHA
Militante tucana foi internada às pressas em hospital de Brasília, com a clavícula quebrada
Pára-quedista fere mulher em comício
Lula Marques/Folha Imagem
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Mulher com bandeira cai depois de ser atingida por um pára-quedista contratado para animar comício de Serra em Brasília |
WLADIMIR GRAMACHO
FERNANDA NARDELLI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um pára-quedista contratado
para animar o comício do presidenciável tucano José Serra, ontem em Brasília, errou o alvo,
caiu sobre o público e feriu uma
mulher, que foi internada às
pressas no Hospital de Base.
O evento foi promovido pelo
comitê do governador Joaquim
Roriz (PMDB), aliado de Serra, e
reuniu cerca de 6.000 pessoas,
segundo a organização. Perto
das 12h, cinco pára-quedistas
saltaram sobre um círculo aberto no meio do público. O vento
forte dificultou as manobras de
aterrissagem, e dois deles quase
atingiram os espectadores.
A técnica em contabilidade
Valéria Fernandes Mota, 32, foi
atingida por um dos pára-quedistas, não identificado. O acidente levou-a ao chão e deixou o
asfalto manchado de sangue,
proveniente de escoriações.
O Corpo de Bombeiros, que
prestou socorro à vítima, informou que ela havia sido submetida a uma cirurgia para corrigir
uma clavícula quebrada e ligamentos rompidos.
No hospital, um homem não
uniformizado identificou-se como médico e confirmou a fratura, mas negou a necessidade de
uma cirurgia. A direção do hospital não se pronunciou.
Durante o socorro, ainda no
local do evento, um grupo de seguranças do governador Joaquim Roriz atacou o fotógrafo
Dida Sampaio, do jornal "O Estado de S. Paulo", que registrava
a cena. Foram desferidos socos e
pontapés aos gritos de "Me dá
esse filme". Um policial militar
interveio apenas para encerrar a
agressão e logo liberou os seguranças de Roriz.
A 200 metros dali, o governador e José Serra soltavam pombas brancas em favor da paz.
"Minha candidatura só faz
sentido com o apoio de vocês a
Serra", discursou o governador.
"Roriz é o melhor para Brasília",
devolveu Serra. Duas horas depois, ao embarcar para um compromisso em Minas Gerais, o
candidato criticou a "inércia do
governo do Rio" no combate à
violência. "Estudei as plantas do
presídio [de Bangu 1] no fim de
semana. É de segurança mínima", disse ele, que defendeu a
transferência do traficante Luiz
Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, para Brasília.
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