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Painel
Renata Lo Prete - painel@uol.com.br
Road show
Terceiro colocado na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, o ex-governador Orestes Quércia (PMDB)
tentou, alguns dias atrás, fazer com que uma grande
emissora de televisão se interessasse pelas acusações
contra José Serra que aparecem na edição da revista
"IstoÉ" que chegou ontem às bancas.
No início do mês, Quércia negou com veemência ter
procurado auxiliares de Aloizio Mercadante (PT), segundo colocado, para trocar informações sobre suposto envolvimento de Serra, líder nas pesquisas, no
escândalo sanguessuga. Petistas, porém, sustentam
que o contato com Quércia ocorreu.
Turma. Valdebran Padilha,
preso ontem em São Paulo
por supostamente intermediar a compra de material ligando José Serra à máfia dos
sanguessugas, é muito próximo, no PT matogrossense, ao
deputado Carlos Abicalil e ao
ex-candidato a prefeito de
Cuiabá Alexandre César.
Conexão. A PF apura suposta intermediação de Pedro
Henry (PP-MT) no contado
entre o PT e os Vedoin para a
divulgação de dados contra os
tucanos. Henry estaria ainda
ajudando a pagar advogados
dos donos da Planam.
Premonição 1. Nota postada ontem por José Dirceu
em seu blog: "Se a notícia (da
"Isto É) for verdadeira, será a
"pá de cal" na candidatura do
Chuchu. Já não digo o mesmo
em relação ao Serra, pois a
distância dele para o Mercadante ainda é muito grande".
Premonição 2. Tucanos
estranharam a nota de Dirceu. O nome de Geraldo Alckmin não aparece na revista.
Surgiu mais tarde, no material que o primo de Luiz Antonio Vedoin pretendia vender
para divulgação.
Beabá. O PFL deve impetrar
nesta segunda-feira uma representação ao Ministério
Público Federal contra o ex-ministro Luiz Gushiken (Secom) e as agências Duda Mendonça e Matisse pelo caso das
cartilhas de propaganda do
governo que teriam sido distribuídas pelo PT.
Léxico. O Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem
Terra, que defendeu Lula do
alegado "golpe das elites" durante o escândalo do mensalão, divulgou uma nota depois
da invasão de propriedade do
deputado José Janene (PP-PR) com o seguinte título:
"MST ocupa fazenda de mensaleiro no Paraná".
Apagão na TV 1. A produtora Fantasias Luminosas
suspendeu a feitura dos programas de Heloísa Helena
(PSOL) para o horário eleitoral. Hoje à noite vai ao ar uma
reprise. Para retomar os trabalhos, a equipe quer receber
os pagamentos atrasados.
Apagão na TV 2. Há
dias a produtora tenta, sem
sucesso, falar com HH. "Somos mais de dez trabalhando
na campanha com todo o
amor. Mas trabalhadores precisam receber", diz Ronaldo
Duque, sócio da empresa.
Foi mal. Paulo Souto (PFL)
chamou o Bolsa Família de assistencialista no domingo.
Diante da má repercussão, o
governador baiano, líder nas
pesquisas, teve de passar a semana se explicando, numa série de entrevistas para exaltar
o carro-chefe de Lula.
Poliana. Os tucanos paranaenses ficaram animados
com a visita de Alckmin ontem à região metropolitana de
Curitiba. Comemoraram até a
chuva que caiu à tarde. "É pé
quente. Estamos em racionamento, e ele fez chover", dizia
o deputado Gustavo Fruet.
Ao trabalho. O senador
Marco Maciel (PFL-PE) propõe que o período entre diplomação e posse do novo Congresso seja preenchido com a
definição de uma "agenda positiva, elaborada com base nos
ensinamentos deixados por
episódios políticos recentes".
Tiroteio
"É frustrante constatar que, a menos de 15 dias
da eleição, nenhum candidato tenha
apresentado proposta concreta para a
economia. O povo percebeu que as
promessas são as de sempre, superficiais."
Do presidente da Fiesp, PAULO SKAF, sobre a fragilidade das propostas
para a economia até agora apresentadas pelos presidenciáveis.
Contraponto
Escolinha
Antes da aprovação da emenda do voto aberto, o líder
da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), fez
defesa inflamada do voto secreto para a eleição da Mesa.
A deputada Perpétua Almeida (PC do B-BA) discordou, e
recebeu uma resposta dura de Aleluia:
-Temos visões de mundo distintas. Sua concepção de
Estado democrático é a Albânia! -, disparou, em referência ao fato de ela pertencer a sigla dita comunista.
Até então quieto, Aldo Rebelo (PC do B-SP) atalhou:
-Senhores, essa discussão está atrasada. Até porque, se
formos por aí, o partido comunista russo foi o primeiro a
defender o voto secreto, para se proteger do czar.
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