|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Judiciário contrata FGV para mudar gestão
Licitação, de R$ 3,2 mi, teve outros quatro concorrentes; programa será coordenado pelo CNJ e deve alcançar todas as cortes
Objetivo da consultoria é implantar modelo de gestão estratégica e controle administrativo; alguns licitantes estão recorrendo
FREDERICO VASCONCELOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A Fundação Getulio Vargas
venceu licitação de R$ 3,2 milhões realizada pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para
consultoria na implantação de
um modelo de gestão estratégica e controle administrativo do
Poder Judiciário. A concorrência está em fase de recurso.
O programa será coordenado
pelo CNJ e alcançará as 91 cortes do país -incluindo o Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça, os tribunais superiores (Eleitoral,
Militar e do Trabalho); os tribunais estaduais, os tribunais militares e os regionais (federais,
eleitorais e do Trabalho), além
de três conselhos de Justiça
-entre os quais o CNJ.
A ideia é nivelar a atuação
dos tribunais na área administrativa, com indicadores de desempenho a partir de metas
que foram definidas em cada
tribunal, e criar projetos para o
cumprimento dessas metas.
Além da FGV, quatro empresas disputaram a licitação de
R$ 3,2 milhões (valor máximo
fixado): GYC Consultoria; Instituto Publix; Key Consultoria
e Treinamento e Symnetics
Consultoria Empresarial.
O trabalho foi previsto para
15 semanas, permitindo a primeira reunião de avaliação estratégica do Judiciário ainda
em dezembro. Como algumas
licitantes recorreram, o cronograma talvez não seja mantido.
O CNJ não prevê resistências
dos tribunais. "Ao contrário, tenho sentido uma receptividade
muito grande. Os tribunais
aprovaram eles mesmos as suas
metas em dois encontros nacionais e 12 encontros regionais", diz Rubens Curado, secretário-geral do conselho.
"Haverá um alinhamento nacional, mas cada tribunal vai
guardar sua especificidade."
O projeto de modernização
do Judiciário defendido pelo
ministro Gilmar Mendes, presidente do CNJ e do STF, pretende aperfeiçoar os instrumentos de tecnologia da informação e qualidade total, ampliar o acesso à Justiça e aprimorar a comunicação interna e
externa, valorizando o corpo
funcional.
A necessidade de um sistema
integrado de gestão foi reconhecida em Encontro Nacional, em agosto de 2008, em Brasília, e reafirmada em fevereiro
último, no 2º Encontro Nacional do Judiciário, em Belo Horizonte, quando todos os tribunais apresentaram seus problemas e projetos para superá-los.
O CNJ adotará a metodologia conhecida como Balanced
Scorecard (BSC), adotada e recomendada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) ao Ministério do Planejamento, ao
CNJ e ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).
Trata-se de tecnologia criada
pelos professores Robert Kaplan e David Norton, da Harvard Business School, dos Estados Unidos, usada em organizações com problemas de comunicação e planejamento.
Texto Anterior: Foco: Lula condecora empresário francês com alta honraria Próximo Texto: Rio G. do Sul: Processo de impeachment de Yeda tem início Índice
|