São Paulo, terça-feira, 16 de outubro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PSDB lidera pesquisa, mas Lula é "eleitor" forte para 2010

Segundo Sensus, 10,8% dos eleitores só votariam no nome indicado por petista

Serra, com 12,8%, Alckmin e Aécio encabeçam lista de 19 presidenciáveis; 25,4% admitem que podem votar no candidato de Lula

LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pesquisa do Instituto Sensus encomendada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) e divulgada ontem mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria um forte cabo eleitoral se a eleição presidencial ocorresse hoje. Porém, tirando Ciro Gomes (PSB), os potenciais candidatos de partidos governistas citados ficaram bem atrás dos três principais presidenciáveis tucanos.
Questionados se votariam no candidato apoiado ou indicado por Lula, 10,8% dos eleitores ouvidos responderam que este seria "o único" em quem votariam. Segundo o Sensus, o índice é alto -geralmente oscila entre 4% e 5%. Já 25,4% admitiram que "poderiam votar" no candidato de Lula, contra 27,3% que "não votariam".
Faltando três anos para a disputa, o Sensus apresentou aos entrevistados uma lista com 22 nomes, em ordem alfabética: 12,8% disseram que votariam em José Serra (PSDB), 11,6%, em Geraldo Alckmin (PSDB), 9,8%, em Aécio Neves (PSDB) e 9,4%, em Ciro Gomes (PSB), primeiro potencial candidato de partido que integra a base governista a figurar na lista.
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, freqüentemente citada quando o assunto é a sucessão de Lula, ganhou apenas 0,7% das menções. Marta Suplicy (PT) aparece em sétimo lugar, com 2,2%, seguida de Sérgio Cabral (PMDB), com 2%. No total, há 13 integrantes de siglas governistas na lista.
Apesar do forte capital político registrado, o levantamento mostra uma oscilação no desempenho pessoal do presidente: 61,2% aprovam sua gestão e 32,5% a desaprovam -na pesquisa anterior do instituto, em junho, os números eram 64% e 29,8%, respectivamente.
O Sensus considera que o desempenho de Lula apresenta "ligeira tendência de queda". Porém, como os números estão dentro da margem de erro, de três pontos percentuais, estatisticamente o quadro é de estabilidade, afirma o instituto.
Os entrevistados também preferem a unificação da Câmara e do Senado em uma só Casa -45,3% defenderam a idéia, 32,7% são contra. Questionadas se são a favor ou contra a extinção de uma das duas Casas, 19,2% escolheram extinguir a Câmara e 23,3%, o Senado; 12,6% falaram em extinguir as duas e 25,8% disseram ser contra extinguir uma delas.


Texto Anterior: Justiça: Partidos querem anular ministério de Mangabeira
Próximo Texto: "Não cogito deixar o PSDB", afirma Aécio
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.