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PSDB lidera pesquisa, mas Lula é "eleitor" forte para 2010
Segundo Sensus, 10,8% dos eleitores só votariam no nome indicado por petista
Serra, com 12,8%, Alckmin e Aécio encabeçam lista de 19 presidenciáveis; 25,4% admitem que podem votar no candidato de Lula
LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pesquisa do Instituto Sensus
encomendada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) e divulgada ontem mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria um forte
cabo eleitoral se a eleição presidencial ocorresse hoje. Porém,
tirando Ciro Gomes (PSB), os
potenciais candidatos de partidos governistas citados ficaram
bem atrás dos três principais
presidenciáveis tucanos.
Questionados se votariam no
candidato apoiado ou indicado
por Lula, 10,8% dos eleitores
ouvidos responderam que este
seria "o único" em quem votariam. Segundo o Sensus, o índice é alto -geralmente oscila
entre 4% e 5%. Já 25,4% admitiram que "poderiam votar" no
candidato de Lula, contra
27,3% que "não votariam".
Faltando três anos para a disputa, o Sensus apresentou aos
entrevistados uma lista com 22
nomes, em ordem alfabética:
12,8% disseram que votariam
em José Serra (PSDB), 11,6%,
em Geraldo Alckmin (PSDB),
9,8%, em Aécio Neves (PSDB) e
9,4%, em Ciro Gomes (PSB),
primeiro potencial candidato
de partido que integra a base
governista a figurar na lista.
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, freqüentemente
citada quando o assunto é a sucessão de Lula, ganhou apenas
0,7% das menções. Marta Suplicy (PT) aparece em sétimo
lugar, com 2,2%, seguida de
Sérgio Cabral (PMDB), com
2%. No total, há 13 integrantes
de siglas governistas na lista.
Apesar do forte capital político registrado, o levantamento
mostra uma oscilação no desempenho pessoal do presidente: 61,2% aprovam sua gestão e
32,5% a desaprovam -na pesquisa anterior do instituto, em
junho, os números eram 64% e
29,8%, respectivamente.
O Sensus considera que o desempenho de Lula apresenta
"ligeira tendência de queda".
Porém, como os números estão
dentro da margem de erro, de
três pontos percentuais, estatisticamente o quadro é de estabilidade, afirma o instituto.
Os entrevistados também
preferem a unificação da Câmara e do Senado em uma só
Casa -45,3% defenderam a
idéia, 32,7% são contra. Questionadas se são a favor ou contra a extinção de uma das duas
Casas, 19,2% escolheram extinguir a Câmara e 23,3%, o Senado; 12,6% falaram em extinguir
as duas e 25,8% disseram ser
contra extinguir uma delas.
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