São Paulo, sexta, 16 de outubro de 1998

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PÓS-REELEIÇÃO
Clóvis Carvalho e Raul Jungmann colocam cargos à disposição
FHC confirma Paulo Renato no Ministério da Educação

Juca Varella/Folha Imagem
O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, no Palácio do Planalto


da Sucursal de Brasília

O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem que o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, 53, filiado ao PSDB, permanecerá no cargo no próximo mandato.
"Acho que nos quase quatro anos em que o ministro Paulo Renato esteve à frente do Ministério da Educação -e continuará- ele prestou um serviço extraordinário porque motivou o ministério", disse o presidente, em solenidade em homenagem ao Dia do Professor, da qual participaram cerca de 120 pessoas, no Palácio do Planalto, em Brasília.
O anúncio foi feito na semana em que cresce a articulação no governo para que todos os ministros coloquem seus cargos à disposição do presidente.
Ontem o porta-voz Sergio Amaral confirmou que o ministro-chefe da Casa Civil, Clóvis Carvalho, apresentou carta nesse sentido.
O ministro extraordinário de Política Fundiária, Raul Jungmann, fez o mesmo em carta a FHC. "É um gesto de cortesia. É praxe que os ministros coloquem o cargo à disposição em época de transição", afirmou Amaral.
Segundo ele, esse não é, no entanto, "o momento oportuno" para discussão de mudanças no ministério. "Esse é um tema de exclusiva competência do presidente, mas ele não está em debate neste momento", completou.
Paulo Renato é o segundo nome confirmado por FHC no ministério de seu segundo mandato. O primeiro foi o do ministro da Fazenda, Pedro Malan. FHC já anunciou também que Gustavo Franco continuará no Banco Central.
FHC enumerou as realizações de Paulo Renato à frente do ministério. Citou que 96% das crianças em idade escolar foram matriculadas, destacou que há mais de 50 mil escolas ligadas ao ministério por meio do Programa de Ensino à Distância e disse que as melhorias no ensino fundamental são decorrentes das mudanças nos parâmetros curriculares.
Após ouvir os elogios de FHC, Paulo Renato disse que "ficou feliz" com a notícia de que continuará no governo porque precisa concluir uma série de trabalhos.
"Fizemos muitas coisas importantes", disse o ministro. "Acho que tenho que completar o trabalho. São tarefas muito grandes."
Paulo Renato afirmou que, se houver cortes na área de educação em decorrência do ajuste fiscal, será "em menor proporção" que em outras áreas. Segundo ele, essa foi uma garantia do presidente.



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