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CONGRESSO
A quase um mês das eleições nenhum partido lançou candidato
Senado tem quadro indefinido
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A quase um mês da eleição do
novo presidente do Senado, é arriscado apostar em qualquer vencedor. Oficialmente não há nem
candidatos, ao contrário da Câmara, onde quatro deputados disputam a Mesa em clima de campanha, com direito a faixas, cartazes e ostensivo corpo-a-corpo.
O único senador que assume
disputar, mas ainda não foi formalmente lançado é o presidente
do PMDB, Jader Barbalho (PA),
que sustenta sua candidatura apesar do bombardeio do presidente
do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
Com suas constantes denúncias
tentando envolver Jader em casos
de corrupção ocorridos na Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia),
ACM tem conseguido criar embaraços à candidatura de Jader.
Os senadores dizem que o problema não está nas denúncias, já
que não há provas da responsabilidade de Jader pelas irregularidades. Eles admitem que foi criado
um clima que praticamente inviabiliza Jader como presidente.
O peemedebista tem afirmado
que é uma questão de honra levar
sua candidatura até o fim, mas
não ignora as dificuldades. Na semana passada cancelou a reunião
da bancada marcada para eleger o
candidato. E enviou a gabinetes
de senadores peemedebistas um
relatório se defendendo.
O PMDB vive um conflito. Por
um lado, os senadores não aceitam vetos a seu presidente e quanto mais ACM ataca mais eles se
sentem coagidos a defender Jader.
Por outro lado, temem uma
derrota de Jader, já que a votação
é secreta. Demonstram também o
receio de que Jader seja eleito,
mas entre num fogo cruzado de
ataques que pode durar os dois
anos do seu mandato.
Um grupo de pelo menos sete
senadores do PSDB se recusa a
votar em Jader, apesar do acordo
para apoiar o candidato do
PMDB no Senado em troca de
apoio para o líder tucano na Câmara, Aécio Neves (MG).
O líder do PFL, Hugo Napoleão
(PI), articula com senadores de
todos os partidos -inclusive do
PMDB - uma solução que preserve Jader. Na próxima terça,
Napoleão tem reunião com o presidente do PFL, senador Jorge
Bornhausen (SC), o líder do partido na Câmara, Inocêncio Oliveira
(PE), e o vice-presidente, Marco
Maciel. A alternativa José Sarney
(PMDB-AP) é apontada como a
mais ""palatável", mas enfrenta resistência dentro do PMDB, já que
ele foi lançado por ACM.
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