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Aprovação a Serra aumenta 10 pontos percentuais em 7 meses
Governador passou de 39% de ótimo/bom em março para 49% no mês passado; taxa de aprovação é maior nas classes D/E (53%) que nas classes A/B (47%)
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O índice de aprovação à administração de José Serra cresceu 10 pontos percentuais em
sete meses, segundo pesquisa
Datafolha. Onze meses após a
posse, 49% dos eleitores avaliam o governo de São Paulo como ótimo ou bom. Em março,
passados três meses de governo, esse índice era de 39%.
Ainda segundo a pesquisa, a
avaliação negativa do governo
de São Paulo sofreu uma queda
de quatro pontos em sete meses. Em março, 16% dos entrevistados apontavam o governo
como ruim/péssimo. Atualmente, essa taxa é de 12%.
De março para cá, a nota média conferida ao governo também aumentou: de 6 para 6,5.
Segundo a pesquisa Datafolha, realizada de 26 a 29 de novembro, 35% dos entrevistados
classificam a administração
Serra como regular. Em março,
eram 37%. Quatro por cento
não souberam opinar.
Apesar da tradicional associação do PSDB à classe média/alta, Serra hoje conta com
maior aprovação precisamente
entre os entrevistados da mais
baixa faixa de consumo.
Segundo o Datafolha, 53%
dos entrevistados da classe D/E
apontam o governo Serra como
ótimo/bom. Esse índice é de
50% entre os da classe C e chega a 47% entre os da classe A/B.
Esse é o critério de Classificação Econômica adotado pela
ABEP (Associação Brasileira de
Empresas de Pesquisa) para
segmentação da população segundo o poder de compra.
Ainda de acordo com a pesquisa, o governo Serra é ótimo/bom para 51% dos eleitores
com renda familiar mensal inferior a dois salários mínimos.
O índice de aprovação é de 46%
entre os entrevistados com
renda entre cinco e dez mínimos. O governo é ótimo/bom
para 48% daqueles com renda
superior a 10 mínimos mensais.
Serra tem 51% de aprovação
entre entrevistados com nível
de escolaridade fundamental.
Esse índice é de 48% entre os
com nível superior.
O governo encontra maior
aprovação entre os entrevistados de 16 a 24 anos: 54%. Esse
índice cai para 44% entre os de
45 a 59 anos.
O Datafolha ouviu 2.113 pessoas de 26 a 29 de novembro. A
margem de erro é de dois pontos percentuais.
Em seus 11 primeiros meses
de governo, Serra enfrentou
crises com o meio acadêmico
-que levou à invasão da reitoria da USP- e com o acidente
nas obras do Metrô.
Com início da gestão marcado por ameaças de greve e manifestações, Serra fez gestos de
aproximação, com o reajuste na
área de segurança, antecipação
de bônus na Educação e adiantamento do décimo terceiro.
Apesar de enfrentar escândalos de corrupção na área de segurança, não houve ataques da
facção criminosa PCC nem rebeliões na extinta Febem (hoje
Fundação Casa). Houve ainda
redução de 21,76% nos índices
de homicídio.
Graças a medidas como venda de folha de pagamento para
a Nossa Caixa, parcelamento da
dívida e aumento do limite de
endividamento do Estado, o governo garantiu recursos para
investimentos como recuperação de vicinais, faculdades de
tecnologia e o Rodoanel.
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