São Paulo, domingo, 16 de dezembro de 2007

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Aprovação a Serra aumenta 10 pontos percentuais em 7 meses

Governador passou de 39% de ótimo/bom em março para 49% no mês passado; taxa de aprovação é maior nas classes D/E (53%) que nas classes A/B (47%)

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O índice de aprovação à administração de José Serra cresceu 10 pontos percentuais em sete meses, segundo pesquisa Datafolha. Onze meses após a posse, 49% dos eleitores avaliam o governo de São Paulo como ótimo ou bom. Em março, passados três meses de governo, esse índice era de 39%.
Ainda segundo a pesquisa, a avaliação negativa do governo de São Paulo sofreu uma queda de quatro pontos em sete meses. Em março, 16% dos entrevistados apontavam o governo como ruim/péssimo. Atualmente, essa taxa é de 12%.
De março para cá, a nota média conferida ao governo também aumentou: de 6 para 6,5.
Segundo a pesquisa Datafolha, realizada de 26 a 29 de novembro, 35% dos entrevistados classificam a administração Serra como regular. Em março, eram 37%. Quatro por cento não souberam opinar.
Apesar da tradicional associação do PSDB à classe média/alta, Serra hoje conta com maior aprovação precisamente entre os entrevistados da mais baixa faixa de consumo.
Segundo o Datafolha, 53% dos entrevistados da classe D/E apontam o governo Serra como ótimo/bom. Esse índice é de 50% entre os da classe C e chega a 47% entre os da classe A/B.
Esse é o critério de Classificação Econômica adotado pela ABEP (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa) para segmentação da população segundo o poder de compra.
Ainda de acordo com a pesquisa, o governo Serra é ótimo/bom para 51% dos eleitores com renda familiar mensal inferior a dois salários mínimos. O índice de aprovação é de 46% entre os entrevistados com renda entre cinco e dez mínimos. O governo é ótimo/bom para 48% daqueles com renda superior a 10 mínimos mensais.
Serra tem 51% de aprovação entre entrevistados com nível de escolaridade fundamental. Esse índice é de 48% entre os com nível superior.
O governo encontra maior aprovação entre os entrevistados de 16 a 24 anos: 54%. Esse índice cai para 44% entre os de 45 a 59 anos.
O Datafolha ouviu 2.113 pessoas de 26 a 29 de novembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Em seus 11 primeiros meses de governo, Serra enfrentou crises com o meio acadêmico -que levou à invasão da reitoria da USP- e com o acidente nas obras do Metrô.
Com início da gestão marcado por ameaças de greve e manifestações, Serra fez gestos de aproximação, com o reajuste na área de segurança, antecipação de bônus na Educação e adiantamento do décimo terceiro.
Apesar de enfrentar escândalos de corrupção na área de segurança, não houve ataques da facção criminosa PCC nem rebeliões na extinta Febem (hoje Fundação Casa). Houve ainda redução de 21,76% nos índices de homicídio.
Graças a medidas como venda de folha de pagamento para a Nossa Caixa, parcelamento da dívida e aumento do limite de endividamento do Estado, o governo garantiu recursos para investimentos como recuperação de vicinais, faculdades de tecnologia e o Rodoanel.


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