São Paulo, domingo, 16 de dezembro de 2007

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Avaliação positiva de Cabral cai 25%

36% dos eleitores consideram a gestão do governador do Rio ótima ou boa; em março, índice era 48%, diz Datafolha

Avaliação negativa quase dobra, de 11% para 20%; os que consideram o governo do peemedebista regular passaram de 33% para 40%

MARCELO BERABA
DA SUCURSAL DO RIO

O governador Sérgio Cabral (PMDB) realiza uma administração regular na avaliação da maioria dos eleitores fluminenses ouvidos pelo Datafolha. A nota que obteve neste primeiro ano de mandato -5,9- seria suficiente para passar de ano raspando pelos critérios da rede estadual de ensino, que exige média anual 5.
Em relação ao início do governo, sua avaliação majoritariamente positiva (ótimo e bom) caiu de 48% em março para 36%, uma perda de 25%, e a avaliação negativa (ruim e péssimo) quase dobrou, de 11% para 20%. Os que consideram seu governo apenas regular passaram de 33% para 40%. Sua nota em março era 6,6.
A maior queda ocorreu na cidade do Rio e entre os eleitores mais escolarizados. No Rio, os que consideram o governo ótimo ou bom caiu de 52% para 33% (uma perda de 19 pontos percentuais) e, entre os que têm nível superior, a queda foi de 40% para 29%.
A pesquisa, realizada entre 26 e 29 de novembro, ouviu 1.134 eleitores e tem margem de erro de três pontos percentuais para cima ou para baixo.
Embora tenha se notabilizado pela defesa dos idosos, Cabral tem o seu melhor desempenho entre os jovens. Na faixa entre 16 e 24 anos, 46% opinam que ele faz um governo ótimo ou bom contra apenas 16% que o consideram ruim ou péssimo. Mas mesmo neste segmento Cabral teve perdas. Em março, 55% dos jovens tinham avaliação positiva e 13%, negativa.
O maior índice de regular está entre os eleitores de 45 a 59 anos, 46%. Nessa faixa, em março, o índice era 34%.
Os homens estão divididos -39% avaliam bem o governo e 38% o consideram regular. As mulheres são mais críticas -para 42%, o governo é regular; 33% o aprovam.
Por faixa de renda, seu melhor desempenho está entre os que ganham de dois a cinco salários mínimos (38% positivo contra 19% negativo) e o pior entre os que recebem mais de dez salários mínimos (36% e 25%, respectivamente).
A pesquisa não prospecta as razões da queda Cabral, mas dá algumas pistas. Os entrevistados apontaram, diante das perguntas a respeito dos principais problemas de responsabilidade dos governo Lula e Cesar Maia, a criminalidade e a saúde. A mesma pergunta não foi feita em relação ao Estado, mas os dois problemas também afetam a imagem do governador, principalmente a repercussão da política de segurança.
Pesquisa feita nos dias 8 e 9 deste mês pelo Instituto GPP por encomenda do prefeito Cesar Maia com 807 eleitores e margem de erro de 3,5 pontos percentuais constata que 59,1% avaliam que a situação de segurança na cidade está pior agora do que há um ano.


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