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Só dois dos 45 deputados do Ceará fazem oposição aberta a Cid Gomes
Críticas são pontuais, mas não afetam as votações de interesse do governo
KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Com um governo quase sem
oposição, formado por um leque de aliados que vai do PT ao
PSDB, o governador do Ceará,
Cid Gomes (PSB), fecha o ano
como o segundo mais bem avaliado pelo Datafolha.
Segundo a mais recente pesquisa, 45% dos cearenses consideram ótima ou boa sua gestão, contra 18% que a desaprovam (ruim/péssima).
Na Assembléia, só dois dos
45 deputados -um do PDT e
um do PR- fazem oposição sistemática a ele. Até deputados
de partidos excluídos da base
aliada, como o DEM, poupam
Cid de críticas mais incisivas.
As críticas são pontuais, sobretudo na área da segurança
pública, mas sem conseqüências para as votações de interesse do governo até agora.
Além de PSB, PT e PSDB, são da
base PMDB, PC do B, PHS e PV.
Cid também adotou medidas
de cunho social, como a ampliação do pagamento do Garantia
Safra (R$ 110 ao mês para agricultores que perderam a safra
com a seca) por mais um mês
além dos cinco meses já pagos
pelo governo federal.
Para a oposição, faltaram
ações que dessem forma ao governo. Heitor Férrer (PDT),
que faz oposição aberta, reclama dos baixos investimentos.
"Nem tinha como o governo ter
uma marca."
O secretário de Fazenda,
Mauro Filho, confirma o baixo
volume de investimentos, que
devem chegar até o final do ano
a R$ 500 milhões -menos que
os R$ 773 milhões de 2006.
"Mas teremos R$ 5 bilhões
até 2010", diz. Segundo ele, parte virá de empréstimos internacionais.
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