São Paulo, terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Dos latino-americanos

No alto do Drudge Report, "EUA excluídos da cúpula latino-americana enquanto China e Rússia crescem". Era a Bloomberg em longa reportagem sobre a "ocasião histórica: a cúpula sem osEUA". Julia Sweig, do influente Council on Foreign Relations, diz que James "Monroe está se revirando na cova", ele que estabeleceu a América para os americanos, há dois séculos. Não à toa, agências como a chinesa Xinhua cobrem extensivamente o evento, desde Salvador. E o colombiano Alvaro Uribe cancelou presença e enviou o vice, destacou a americana Associated Press.
Mas as várias cúpulas começam com "Receios diante da liderança de Lula", ressaltou o argentino "La Nación", apontando "mal-estar de Argentina, Equador, Bolívia". E a primeira notícia que saiu ontem de Salvador, para as manchetes de UOL e Agência Brasil, foi "Sem acordo, Mercosul segue com dupla tarifa".

DECOLAGEM
aereo.jor.br / embraer.com.br
Em sites como "El Comercio", o novo "avião presidencial estréia em viagem ao Brasil", sobre o Legacy do Equador que veio à cúpula. No "WSJ", a outra estréia -o criador da JetBlue "lança empresa no Brasil" só com jatos E-195, também Embraer

BC, A CAMPANHA
O presidente do Banco Central, em manchete do Terra à Reuters Brasil, saudou a "recuperação do crédito".
Mas Cesar Maia abriu a semana dizendo em seu ex-blog que "comentam em São Paulo que Luiz Gonzaga Belluzzo é candidatíssimo ao BC". E Kennedy Alencar postou antes na Folha Online que o BC até passou recibo à pressão de Lula, no comunicado, mas manteve os juros e "errou". E o ministro Miguel Jorge saiu dizendo aos sites, ontem: "Não considero o BC como parte do governo. Se fosse governo, o presidente daria uma ordem e ela seria cumprida".

SAI ESPECULAÇÃO
O "Barron's", edição dominical do "WSJ", analisa os emergentes e arrisca serem boas as chances de "rally" (recuperação) no Brasil, onde os "vendedores se mostram cansados" na Bolsa. E a "especulação corporativa" passou por uma ampla "limpeza".

ENTRA FRAUDE
Nas manchetes do "WSJ" desde sexta, o escândalo envolvendo um ex-presidente da Nasdaq bateu nos bancos -com perdas de US$ 10 bilhões só nos europeus. "Ricaços brasileiros também foram atingidos", em US$ 2 bilhões, avisa Lauro Jardim.

POLITICO, A AGÊNCIA
nytimes.com
Dois editores, na redação do site
O "New York Times" deu que o site Politico, que se projetou na cobertura da campanha deste ano, fechou com a Reuters e vai passar a oferecer suas reportagens aos jornais americanos. Como no caso da agência CNN, trata-se de "experimento". Para a Reuters, é uma forma de concorrer seriamente, afinal, com a AP nos EUA.

GOOGLE DO MAL?
O "WSJ" denunciou ontem na capa que o Google, que antes se apresentava como defensor da abertura da internet, sem "tratamento preferencial de tráfego pelos provedores", está contactando telefônicas para lançar um "acesso mais rápido" para seus serviços.
O Google reagiu por sites tipo Portfolio e Huffington Post, chamando a reportagem de "exagerada e confusa".

NEUTRO
Mas sobrou até para Barack Obama no "WSJ" -ele teria cedido ao Google e mudado sua posição no assunto.
Depois, pelo site Talking Points Memo, também sua equipe reagiu, afirmando que ele se mantém defensor da "neutralidade da web".

SOBE-E-DESCE
Não é só a imprensa que sofre o choque da crise. O Google perdeu quase dois terços de seu valor e até o Facebook, segundo o Valleywag, estaria valendo hoje US$ 1,3 bilhão, dez vezes menos do que se especulava, um ano atrás.


Leia as colunas anteriores
@ - Nelson de Sá



Texto Anterior: Dilma é desconhecida por 48%, diz pesquisa
Próximo Texto: Planalto tem de ser reformado, diz Niemeyer
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.