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BALANÇO DE GOVERNO
Presidente promete "muito investimento em infra-estrutura e na questão energética" em sua gestão
Lula diz que não pôde fazer nada por estradas
Moacyr Lopes Júnior/Folha Imagem
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Luiz Inácio Lula da Silva e Aécio Neves na inauguração de uma usina hidrelétrica em Poços de Caldas |
RAFAEL CARIELLO
ENVIADO A POÇOS DE CALDAS
WILSON SILVEIRA
ENVIADO A PIRACICABA
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva disse ontem, ao fazer referência aos investimentos em infra-estrutura nas rodovias do
país, que o governo ainda não pôde fazer nada: "Sei que ainda não
pudemos fazer nada -e nem era
possível fazer no primeiro ano as
coisas que nós queríamos", disse
Lula em discurso na cerimônia de
inauguração de uma usina hidrelétrica em Poços de Caldas (MG).
Ao seu lado, no palanque, estava o ministro dos Transportes,
Anderson Adauto, responsável
pela área, e o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB). A frase
de Lula foi dita como ressalva,
após o presidente criticar governos anteriores por não terem investido em infra-estrutura e ter
dito que havia ficado, em 2000,
"indignado com a qualidade das
estradas" que levavam a Poços.
Ele disse que era dever da
União, dos Estados e dos municípios "garantirem o direito de ir e
vir da forma mais segura" às pessoas: "Um país que não cuida das
estradas perde investimentos".
Lula também fez críticas ao governo Fernando Henrique Cardoso, sem citá-lo. Voltou a dizer que
enquanto "outros" podem "viajar
para outro lugar", ele terá que voltar a São Bernardo (SP) após o fim
de seu mandato, o que, a seu ver, o
obrigaria a cumprir promessas.
Prometeu "muito investimento
em infra-estrutura e na questão
energética" para os próximos
anos, mas se recusou a prometer a
recuperação de uma das estradas
que dão na cidade mineira, pleito
específico do município. "Não
vou prometer, mas vamos ver o
que podemos fazer", afirmou.
Em Piracicaba, ao inaugurar
uma fundição do grupo Dedini,
Lula disse que não haverá surpresas na economia em seu governo.
"Não tem milagre. Não tem invenção. Não tem Plano Lula. Não
tem Plano Palocci. Não tem Plano
Dirceu. Tem uma política de fidelidade com as pessoas, de sinceridade e, sobretudo, de credibilidade." Segundo ele, "ninguém será
pego de surpresa com qualquer
medida econômica anunciada no
jornal da meia noite".
O presidente disse que se sentia
feliz por inaugurar uma fábrica
que irá gerar 400 empregos e que
pretende inaugurar muitas fábricas neste ano: "Este é o ano em
que a economia brasileira vai dar
resposta aos anseios, às aspirações e às inquietudes de milhões e
milhões de brasileiros que estão à
espera de uma oportunidade de
trabalho". Ele admitiu que "a reforma da Previdência foi dura. A
reforma tributária não foi tarefa
fácil. Não fizemos a reforma dos
sonhos de cada um individualmente, mas a que era possível".
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