São Paulo, sexta-feira, 17 de março de 2006

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Abalado, Serra evita discutir nova candidatura

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Antes refratários à idéia, amigos do prefeito de São Paulo, José Serra, já começam a defender sua candidatura ao Palácio dos Bandeirantes. Mas, ainda abalado com a escolha do governador Geraldo Alckmin para a Presidência da República -especialmente depois da divulgação da última pesquisa Ibope- Serra disse a aliados que só voltará a falar de seu futuro político na segunda-feira, superado seu inferno astral.
Segundo tucanos, Serra ficou ainda mais triste ao saber dos números da pesquisa Ibope, segundo os quais estaria tecnicamente empatado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno. Pela pesquisa, Lula conta com 44% das intenções de voto contra 40% de Serra. Como a margem de erro era de 2,2 pontos para cima e para baixo, eles estariam empatados.
Embora o comando do partido discorde, aliados de Serra afirmam que o resultado é a demonstração de que, em campanha, o prefeito poderia derrotar Lula.
A partir da semana que vem, Serra terá 11 dias para decidir se fica no cargo ou se afasta para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. Tucanos engrossam o discurso de que, com as contas do governo em dia, seria uma pena entregar um orçamento de cerca de R$ 80 bilhões, sendo mais de R$ 9 bilhões em investimentos, aos adversários.
Os candidatos a deputado também gostam da possibilidade de contar com um potente cabo eleitoral. Para Alckmin, a candidatura seria benéfica por contemplar o PFL -herdeiro da cadeira de Serra na prefeitura- e dar segurança de que o prefeito se dedicará à campanha do PSDB.
O prefeito estaria, no entanto, evitando tocar no assunto.


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