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Abalado, Serra evita discutir nova candidatura
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Antes refratários à idéia, amigos
do prefeito de São Paulo, José Serra, já começam a defender sua
candidatura ao Palácio dos Bandeirantes. Mas, ainda abalado
com a escolha do governador Geraldo Alckmin para a Presidência
da República -especialmente
depois da divulgação da última
pesquisa Ibope- Serra disse a
aliados que só voltará a falar de
seu futuro político na segunda-feira, superado seu inferno astral.
Segundo tucanos, Serra ficou
ainda mais triste ao saber dos números da pesquisa Ibope, segundo os quais estaria tecnicamente
empatado com o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva no segundo
turno. Pela pesquisa, Lula conta
com 44% das intenções de voto
contra 40% de Serra. Como a
margem de erro era de 2,2 pontos
para cima e para baixo, eles estariam empatados.
Embora o comando do partido
discorde, aliados de Serra afirmam que o resultado é a demonstração de que, em campanha, o
prefeito poderia derrotar Lula.
A partir da semana que vem,
Serra terá 11 dias para decidir se fica no cargo ou se afasta para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. Tucanos engrossam o discurso de que, com as contas do governo em dia, seria uma pena entregar um orçamento de cerca de
R$ 80 bilhões, sendo mais de R$ 9
bilhões em investimentos, aos adversários.
Os candidatos a deputado também gostam da possibilidade de
contar com um potente cabo eleitoral. Para Alckmin, a candidatura seria benéfica por contemplar o
PFL -herdeiro da cadeira de Serra na prefeitura- e dar segurança de que o prefeito se dedicará à
campanha do PSDB.
O prefeito estaria, no entanto,
evitando tocar no assunto.
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