São Paulo, terça-feira, 17 de março de 2009

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NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Lula isso, Lula aquilo

No alto das buscas de Brasil pelo Google News no fim do dia, com Reuters, "Lula diz que a economia vai crescer em 2009". Logo embaixo, com Bloomberg, "Lula chama nações a evitar droga do protecionismo". No alto pelo Yahoo News, com a Associated Press, "Lula quer apoio para derrubar as tarifas americanas sobre etanol", até "implora". Era o presidente brasileiro em Nova York, cercado de ministros e empresários no evento do "Wall Street Journal" e do "Valor Econômico".
Por aqui, o Terra alternou manchetes como "Lula: resgatar banco é importante, mas salvar emprego é mais" e "Lula elogia Dilma: é uma mulher apta para qualquer coisa". Na Folha Online, "Lula vai propor a democratização do FMI". Na manchete do "Jornal Nacional", "O presidente Lula anuncia, em Nova York, que a remuneração da caderneta de poupança vai ter que mudar". E na do "Jornal da Band", "Lula diz em Nova York que vai ao G20 pedir aos países ricos que aumentem controle sobre os bancos". Etc. etc.

LULA E A AIG
O "WSJ", propriamente, deu reportagem destacando que o "Presidente do Brasil pressiona por negociações comerciais" na Rodada Doha. Em seu encontro com "os editores" do jornal, disse estar "otimista", notando que foi Obama quem puxou o tema, na conversa dos dois. Lula falou ao "WSJ" até dos bônus de milhões dados aos executivos da AIG, assunto da semana nos EUA.

LULA E O G7
E ele surgiu em declarações ao londrino "Telegraph" de ontem, concedidas antes da viagem, dizendo que o G7, o grupo dos países ricos, "não fala mais pelo mundo”, para “respostas coordenadas realmente globais".

ALTERNATIVA
O "Valor", na cobertura do evento que faz com o "WSJ", optou por Guido Mantega, não Lula. E por sua avaliação de que "o desafio é recuperar bancos e crédito". Mas o que ecoou mais da participação do ministro, nas agências, foi sua defesa da dívida brasileira como "uma alternativa aos Treasuries", os títulos do Tesouro dos EUA, para os investidores como a China.

UM POR UM
A estatal Agência Brasil também deu Mantega na manchete, mas seguido dos enunciados do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, do chanceler Celso Amorim e da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

CITI & BRASIL
wsj.com
William Rhodes, que preside o conselho do Citigroup, falou em portunhol ao "WSJ", no evento: "O Brasil vai sair mais rápido do que possivelmente qualquer outro, do problema econômico".

OUTRAS APOSTAS
Por outro lado, agências diversas despacharam do Brasil que os economistas ouvidos em levantamento do Banco Central reduziram à metade, para 0,59%, sua previsão de crescimento em 2009. E a Reuters despachou, de Xangai, que o Merrill Lynch cortou sua previsão de crescimento do Brasil para 0,8%, este ano. E um economista, Marcelo Carvalho, que avalia o Brasil para o Morgan Stanley, foi além e apostou em "contração" de 4,5%, que segundo a Bloomberg "seria a maior queda no PIB em pelo menos 61 anos".

BRASIL EM 10.000 VOZES
wsj.com
Na primeira página de ontem, o "WSJ" publicou longa reportagem sobre o Museu da Pessoa, onde brasileiros "contam a história da nação" em relato oral. Entre eles, Lula, há uma década, fala das maldades de seu pai.

MODELO...
Por agências e jornais, o presidente esquerdista eleito em El Salvador "diz ser mais identificado com Lula do que com Chávez". E "chama Lula de seu modelo".

MARQUETEIRO
Até no "New York Times" de hoje, adiantado no site, "ele diz que vai liderar seguindo o modelo do presidente Lula". O marqueteiro, João Santana, já é o mesmo.

SÓ WEB
Dan DeLong/settlepi.com/nytimes.com
O "NYT" deu no alto da home o anúncio de que o "Seattle Post-Intelligencer", um dos dois jornais da cidade, publica hoje a sua última edição e passa agora a se restringir à internet.



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