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São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 2003

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Pedir mudanças amplas é um erro, diz Dirceu

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em resposta às críticas de que o governo Lula busca reformas tímidas e restritas, o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, disse ontem que pedir mudanças amplas é um erro. Ele aproveitou para fazer uma crítica indireta ao governo anterior, do PSDB, principal foco de resistência às propostas de Lula.
Para Dirceu, uma das razões pelas quais as reformas não saíram antes foi o fato de terem sido ambiciosas demais. Na segunda-feira, governadores tucanos atacaram o "caráter extremamente restrito das reformas" do governo Lula, que, segundo eles, têm se resumido ao debate sobre a unificação do ICMS, no caso da tributária.
Dirceu disse que a unificação da legislação do imposto propiciará uma "revolução".
Para compensar o tom duro, o ministro fez um aceno aos governadores, dizendo que aceita discutir uma de suas reivindicações, que é a repartição na renda da Cide (imposto sobre combustível), que pode ser usada na recuperação de estradas.
Repetindo uma tática que o governo vem empregando desde que começou a discutir as reformas, Dirceu procurou comprometer os governadores com o projeto e assim dividir o eventual ônus político delas.
Ele negou haver desavença no governo, ao comentar entrevista do vice-presidente, José Alencar, à Folha, em que criticou as principais propostas para mudar a legislação tributária. "No governo do presidente Lula existe liberdade de expressão, mas unidade de ação."


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